A Itaipu Binacional e seu ex-funcionário Laércio Pedroso travam uma batalha judicial desde 1997. De um lado, a estatal afirma que Laércio fraudou e roubou documentos da estatal; de outro, o ex-funcionário acusa a Binacional de manter um esquema de caixa 2 que totalizaria US$ 2 bilhões.
Versão Oficial
Funcionários da Itaipu Binacional, Furnas, Eletrosul e Eletronorte desviavam e falsificavam documentos das empresas e repassavam a Pedroso.
A empresa de consultoria de Laércio Pedroso chamava fornecedores da Itaipu, Furnas, Eletrosul e Eletronorte para receber supostas contas que deveriam ter sido pagas, mas que não foram, porque o dinheiro teria ido parar em um caixa 2.
Diretores da empresa multinacional Alston e da empresa Transpesa Della Volpe pagavam "vantagem financeira" para que funcionários públicos facilitassem a liberação destes supostos pagamentos.
Versão de Laércio
Em 1991, o então funcionário da Itaipu desde 1982, o economista Laércio Pedroso, é chamado para criar uma conta secreta para esconder a diferença do que era pago para os fornecedores da Itaipu e o valor que era registrado em "notas de débito". Este seria o caixa 2.
Em 1992 Laércio sai da Itaipu e monta uma empresa de con-sultoria para os credores da Itaipu que não sabiam que ti-nham dinheiro a receber. Do-cumentos não envolveriam outras estatais.
Os papéis que comprovariam a existência de desvio de dinheiro seriam as CCPs (Com-provantes de Contas a Pagar).