Uma discussão iniciada por causa de uma garrafa de cerveja terminou com um morto e quatro pessoas feridas na madrugada de ontem, em Curitiba. O crime aconteceu no bar Villa Viola, no bairro Batel. Leandro Maggioni, 26 anos, deixava o bar por volta das 4 horas com dois amigos, levando uma garrafa de cerveja. Um dos seguranças do estabelecimento teria pedido ao rapaz que deixasse a garrafa e levasse o restante da cerveja em um copo plástico. Maggioni e os amigos não gostaram da abordagem e teriam discutido com o segurança antes de deixarem o local.
De acordo com o delegado Hamilton da Paz, da delegacia de Homicídios de Curitiba, os três se separaram na saída do estabelecimento. Cerca de uma hora depois, Maggioni retornou ao bar.
"Ele caminhou até seu carro, deu uma volta na quadra e aproximou-se do bar com uma pistola 9 mm, de uso exclusivo. Subiu alguns degraus da escada e disparou em direção à portaria", diz o delegado.
O garçom Rodrigo Alves Rodrigues, 29 anos, foi atingido pelos tiros. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Evangélico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Outras quatro pessoas foram feridas, mas todas já receberam alta. Entre elas está uma mulher, cujo celular foi atingido por um dos disparos.
Com a ajuda das câmeras de monitoramento do bar e do cadastro feito no estabelecimento, a polícia prendeu Maggioni por volta do meio-dia, em sua casa, em Araucária, na região metropolitana. Com ele, foi encontrada a pistola 9mm utilizada no crime, seis cápsulas intactas e um aparelho de rádio amador usado pra rastrear a comunicação da polícia.
Maggioni saiu da prisão há apenas três meses. Ele estava preso por roubo e possuía também passagem por receptação. Segundo Hamilton da Paz, o acusado irá responder por quatro tentativas de homicídio, homicídio triplamente qualificado, porte de arma de uso restrito e contrabando.
As outras duas pessoas que estavam com o acusado prestaram depoimento na delegacia e foram liberadas. "Inicialmente não há envolvimento delas com o crime, mas os depoimentos nos ajudaram nas investigações", diz o delegado.
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