A rebelião que aconteceu na noite de quarta-feira (9), na Casa de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, está contida segundo o secretário de estado da Segurança Pública do Maranhão, Aluízio Mendes. O tumulto foi resultado de uma briga entre facções criminosas dentro da unidade prisional e deixou um saldo de nove mortos.
"A rebelião foi encerrada pelos homens do Choque e do GTA. Os agentes estão fazendo uma revista geral nas dependências da penitenciária. As mortes todas são em decorrência de brigas entre detentos de facções adversárias", disse Mendes.
Ele disse ainda que a confusão foi motivada por uma briga entre facções criminosas e por causa da suspeita de um túnel no Bloco F, Pavilhão 2, por onde cerca de 60 presos pretendiam sair da penitenciária através de um túnel.
"O tumulto começou após a inteligência da SSP ter descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair essa madrugada. Quando os agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a revista", disse o secretário.
Dentro do Complexo Penitenciário os presos atearam fogo em objetos e foi registrado um incêndio, apagado pouco depois que a rebelião foi contida. Além da confusão dentro da Cadet, houve também confusão fora do presídio. Familiares dos presos atiraram pedras e outros objetos em agentes penitenciários.
Esta é a terceira briga de facções dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas que resulta em mortos. Na semana passada, duas confusões, também provocadas por facções criminosas ligadas ao crime organizado do Sudeste, como o Comando Vermelho (CV), deixou um saldo de cinco mortos - um deles decaptado - e dois feridos.
As duas confusões anteriores teriam sido provocadas pela transferência de 18 presos membros do "Bonde dos 40", facção criminosa local com ligações com o CV, que estavam na Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Anil para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Na ocasião da transferência, três presos foram assassinados a pauladas e com golpes de instrumentos perfuro-cortantes e outros dois presos foram levados para o Hospital Socorrão II com ferimentos. Um agente penitenciário também foi hospitalizado, após ser atingido com uma pedra na cabeça. Na mesma noite, ocorreu outro choque entre presos que resultou na morte de outros dois detentos.
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