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Transporte

Briga judicial pode elevar tarifa de ônibus em Curitiba

Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar (Foto: Roberto Custódio/JL)

A tarifa do transporte coletivo de Curitiba corre o risco de sofrer um salto dos atuais R$ 1,90 para R$ 2,50. Segundo uma reportagem da Gazeta do Povo desta quarta-feira (31), o motivo é uma briga judicial entre a Urbs, empresa que gerencia o sistema de ônibus na capital, e as empresas do transporte coletivo que operam na cidade. A afirmação foi feita na terça-feira (30) pelo gerente operacional da Urbs, Luiz Filla, durante palestra no 2.° Fórum Transporte Curitiba, realizado no Estação Convention Center e organizado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp).

De acordo com Filla, a briga teve origem em janeiro de 2005, quando o prefeito Beto Richa determinou a criação da Comissão de Estudo Tarifário com o objetivo de viabilizar a redução no valor da passagem de ônibus. A comissão propôs diminuir alguns porcentuais que compõem a tarifa, o que foi adotado pela Urbs. Filla citou como exemplo a redução do porcentual de peças e acessórios, alterado de 10% para 8%. As empresas pediram a volta dos valores praticados anteriormente. "A Urbs solicitou documentos para as empresas provarem o que gastam. Mas as empresas se negaram a repassar", afirmou Filla. Como não chegaram a um acordo, os dois lados recorreram à Justiça.

Segundo ele, os cálculos indicam que, caso a decisão seja favorável às empresas, o valor da tarifa passaria para R$ 2,50. "Ou o prefeito teria que conseguir recursos para subsidiar a tarifa", completou.

Para o presidente do Setransp, Rodrigo Corleto Hoelzl, o objetivo é apenas restabelecer o que diz a lei. "Temos uma lei que regulamenta o transporte e esta lei estabelece as remunerações", afirmou. "Fomos buscar nossos direitos e temos que esperar a Justiça se pronunciar." Filla disse ainda que a avaliação externa do sistema tem sido satisfatória, devido ao congelamento no valor da passagem e à tarifa "domingueira" de R$ 1, mas que internamente "há um conflito constante, com ações judiciais em andamento."

Carta dos empresários

No fim da tarde de terça-feira, o Setransp disponibilizou em sua página na internet a Carta do 2.° Fórum Transporte Curitiba, que resume as principais reivindicações dos empresários do setor: garantia de investimentos em infra-estrutura; formação de um fórum metropolitano para debater soluções conjuntas para todos os municípios que compõem a Rede Integrada de Transporte (RIT); garantia de fontes de custeio para a gratuidade de tarifas; e redução da carga tributária sobre os insumos do setor.

A gratuidade de tarifas é a maior preocupação. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), em todo o país o impacto médio das gratuidades sobre a tarifa chega a 20% do valor total.

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