O goleiro Bruno Fernandes de Souza admitiu nesta quarta-feira (6), perante a juíza Marixa Rogrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que se sente culpado pela morte de Eliza Samudio, mas negou ser o mandante do crime.
Essa foi a primeira resposta do ex-jogador do Flamengo assim que a juíza abriu o interrogatório, perguntando se a denúncia contra ele era verdadeira. "Como mandante dos fatos eu nego, mas de certa forma eu me sinto culpado", afirmou.
Chorando, Bruno pediu para contar a sua história sobre o caso. Ele começou a relatar, então, o período em que conheceu Eliza. Disse que tiveram uma única relação sexual, que resultou na gravidez da ex-amante. Bruno disse que ele e Eliza brigavam muito e que ela sempre exigia dinheiro.
Era previsto que Bruno confessasse o crime, mas ele pode jogar a responsabilidade para o seu ex-secretário Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Em novembro, o amigo de Bruno confessou o crime e jogou a responsabilidade para o seu ex-patrão, acusando-o de ser o mandante.
A estratégia da defesa é tentar eliminar todas as acusações que possam causar uma condenação superior a 20 anos ao goleiro. O advogado trabalha com a tese de uma "participação menor" no crime. Ou seja, soube, mas não participou ativamente.
- Promotoria deve partir para o ataque no 3º dia do julgamento de Bruno
- Dayanne diz que Bruno relatou ameaças feitas por amigo de Eliza
- Durante transmissão de vídeos, Bruno se emociona e chora no plenário
- Crescem rumores sobre possível confissão do goleiro Bruno
- Segundo dia do julgamento deve ter depoimento do goleiro Bruno