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Prisão

Bruno e mais 6 são presos acusados da morte de Eliza

Goleiro Bruno, do Flamengo (ao centro), se apresenta à polícia do Rio após ter a prisão temporária decretada: advogado de defesa diz que não há comprovação do envolvimento do jogador com  o crime | André Mourão / Agência O Dia
Goleiro Bruno, do Flamengo (ao centro), se apresenta à polícia do Rio após ter a prisão temporária decretada: advogado de defesa diz que não há comprovação do envolvimento do jogador com o crime (Foto: André Mourão / Agência O Dia)
Conheça os envolvidos no crime que abalou a crônica polícial mineira e carioca |

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Conheça os envolvidos no crime que abalou a crônica polícial mineira e carioca

Veja os fatos que levaram à prisão do goleiro Bruno |

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Veja os fatos que levaram à prisão do goleiro Bruno

Belo Horizonte e Rio de Janeiro - O goleiro Bruno Fernandes, 25 anos, do Flamengo, e o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foram indiciados ontem pelo sequestro de Eliza Samudio, 25 anos, ex-namorada do jogador. O jogador e o amigo foram presos no Rio de Janeiro após se apresentarem na Polinter do Andaraí sob vaias e gritos de "assassino’’. A prisão temporária de cinco dias de Bruno e Macarrão foi decretada pelo Tribunal de Justiça. Na véspera, um garoto de 17 anos, primo do goleiro, havia declarado à polícia que Eliza, sequestrada por ele e por Macarrão, está morta.

O garoto disse ainda que a menina foi sequestrada a pedido de Bruno e que o jogador pediu para que eles resolvessem o "problema". A situação do goleiro, que nega as acusações, ficou ainda mais complicada após a polícia de Minas ter confirmado que o sangue encontrado no automóvel Range Rover de Bruno, usado por Macarrão e pelo garoto, era mesmo de Eliza. "A materialidade do delito vai se comprovando mais robustamente", disse o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da polícia mineira.

Além deles, a Justiça de Minas decretou a prisão de outros suspeitos de envolvimento no caso. Entre eles, a mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, acusada de ter escondido o filho de Eliza – que ela dizia ser do jogador – e mais cinco pessoas, entre amigos, parentes e funcionários de Bruno.

Desses, apenas Dayanne e Sérgio Rosa Sales Camelo, primo do jogador, estão presos temporariamente por 30 dias. Ele estava no Range Rover, o mesmo usado para levar Eliza, apreendido em 8 de junho por documentação irregular. Até a noite de ontem, a polícia tinha informado que apenas Cleiton da Silva Gonçalves estava no carro. Até o fim da tarde, estavam foragidos Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Flávio Caetano de Araújo; e o administrador do sítio, Elenilson Vitor da Silva.

Depoimento

No depoimento, o adolescente disse que Bruno foi ao sítio onde Elisa foi levada, após ser sequestrada, e disse para Macarrão e para Sérgio Rosa "resolverem o problema, que não era problema dele.’’

Duas horas depois, o goleiro foi embora. No dia seguinte, Macarrão, Sérgio e o adolescente levaram Eliza e o bebê dela a um sítio, em Belo Horizonte, onde encontraram um homem alto e negro chamado Neném.

Segundo o jovem, o homem amarrou os braços de Eliza com uma corda e deu uma gravata que a sufocou. Depois, o garoto disse ter visto o homem passar carregando um saco em direção a um canil com quatro rotweillers. Neném teria lançado uma mão da ex-namorada de Bruno para os cães. E os ossos teriam sido concretados.

O juiz Elias Charbil Abdou Obeid, da Vara da Infância e Juventude da comarca de Contagem (MG), determinou ontem a internação provisória de cinco dias do adolescente. O pedido de internação foi feito por policiais da Delegacia de Homicídios de Contagem, sob a alegação de que o jovem pode estar em "situação de risco de vida" e "vir a ser eliminado" de forma a impedir a ação da polícia na investigação do caso.

Defesa

O advogado Michel Assef Filho, que defende o goleiro Bruno, disse ontem que ainda não há comprovação do envolvimento de seu cliente com o sequestro de Eliza. Disse ainda que pediria habeas corpus, mas até o fim do dia não havia feito isso.

Assef levantou a possibilidade de questionar a validade do depoimento do primo do goleiro. Argumenta que o garoto de 17 anos precisaria estar acompanhado de um representante legal.

A Polícia Civil informou, sem revelar seu nome, que o depoimento foi acompanhado por um tio do rapaz.

Bruno não falou à imprensa ao se entregar à polícia. Em entrevistas anteriores, negara participação no caso e dissera que não via Eliza havia mais de dois meses.

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