O goleiro Bruno, acusado de participação na morte da ex-amante Eliza Samúdio, jogou bola nesta quarta-feira (23) na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segundo a Secretaria de Defesa Social (Seds) de Minas Gerais.
Foi a primeira vez, segundo a secretaria, que Bruno praticou futebol no Nelson Hungria, onde está preso desde julho de 2010. Bruno era jogador do Flamengo na época.
O jogo foi com o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que também está preso no mesmo pavilhão. De acordo com a secretaria, um terceiro detento também participou da atividade, que foi feita durante o banho de sol à tarde, das 14h às 16h.
De acordo com a secretaria, o goleiro usou caneleiras, meiões e uma bola diferenciada das oferecidas aos outros detentos. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) avaliou, na segunda-feira (21), que a permissão para que o goleiro usasse materiais esportivos para atividades físicas na hora do banho de sol não coloca em risco a segurança do presídio. Segundo a Seds, além do uso do material esportivo, Bruno não tem mais nenhuma regalia, se comparado a outros detentos, e faz a atividade em espaço e tempo compartilhado com outros presos.
Uma determinação do 1º Tribunal do Júri de Contagem, assinada pela juíza Marixa Fabiane Lopes, já havia permitido que o pedido do advogado do goleiro, Cláudio Dalledone, fosse atendido. Mas faltava a avaliação da Suapi, que foi dada nesta segunda-feira (21). De acordo com a secretaria, a prisão já oferece algumas bolas para os detentos se exercitarem durante o banho de sol.
O ex-jogador está preso e é réu no processo relacionado à morte de Eliza Samudio, ex-amante, e com quem, segundo a própria Eliza, teria um filho. Outros três réus no processo também estão presos, entre eles o amigo Macarrão; o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; e o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales.
Entenda o caso
Eliza Samudio foi morta, segundo a Polícia Civil, no dia 10 de junho, depois de ser vista com o filho de, então cinco meses, no sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A jovem tentava provar na Justiça a paternidade de seu filho. Em 2009, Eliza teve um relacionamento com Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O corpo de Eliza não foi encontrado.
A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno Fernandes e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza e, a pedido do MP, decretou a prisão preventiva de todos os acusados.
Dayanne, a ex-mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva, e Wemerson Marques, o Coxinha, estão soltos e respondem ao processo de homicídio de Eliza em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio continuam presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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