Quase 9% dos professores e 8% dos funcionários de escola pública do país sofreram, por parte dos alunos, algum tipo de discriminação, como agressão física, acusação injusta ou humilhação. Nessas escolas em que há mais atitudes preconceituosas, o desempenho dos alunos foi menor na edição de 2007 da Prova Brasil, avaliação aplicada pelo governo federal.

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Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira (17) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Ministério da Educação (MEC).

"O estudo nos sugere que, por causa do bullying sofrido, esses professores e funcionários ficam desestimulados para o trabalho e o desempenho do aluno é menor, mas é algo para ser respondido por uma nova pesquisa", afirma José Afonso Mazzon, professor da FEA e coordenador do trabalho. "Ninguém se sente bem num ambiente em que não é bem acolhido."

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A pesquisa estabelece relações entre atitudes preconceituosas, o grau de distância que se quer manter de determinar pessoas, como homossexuais ou negros, e o conhecimento de práticas discriminatórias (bullying).

A idade é o principal motivo das atitudes discriminatórias sofridas pelos professores (8,9%). Em seguida, aparece a homossexualidade, com 8,1%.

No caso dos funcionários, a condição social, com 7,9%, teve peso maior. Logo depois, foi o fato de o funcionário ser velho (7,8%) e negro (7,5%).

Para a pesquisa, que levou dois anos e meio, foram ouvidas 18.599 pessoas, entre estudantes a partir dos 14 anos de idade, professores, diretores e funcionários de escolas e pais e mães de alunos de 501 escolas em 26 estados e no Distrito Federal.

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