Francisco Alves Menos de três meses depois do início das obras de recuperação de 16 quilômetros da rodovia BR-272, entre Francisco Alves e Guaíra (Oeste do estado), os buracos reapareceram na pista. O trabalho executado na estrada foi denunciado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no relatório enviado a Brasília. Para o TCU, o serviço de correção do pavimento feito pela empreiteira Mafrense entre os quilômetros 537 e 567 foi de baixa qualidade. Na segunda-feira, um grupo de operários trabalhava na preparação do trecho para a execução de um novo tapa-buraco.
As novas "panelas" provocam reclamações dos motoristas e diminuíram o fluxo de veículos no trecho. O motorista Dorival Boaro, de Guaíra, diz que sempre que pode evita passar pela rodovia por causa das más condições da pista. "É muita trepidação e isso acaba com o caminhão. Além disso, ainda é preciso gastar dinheiro e perder tempo com a travessia de balsas no Rio Piquiri", diz. José Carlos de Oliveira é outro motorista que critica os buracos. Ele passa duas vezes por mês pela rodovia e afirma que já andou por trechos bem piores. "Só um recapeamento resolve o problema da rodovia", diz.
No trecho da rodovia entre Guaíra e Francisco Alves, o acostamento está deficiente. Foi feito apenas o corte do matagal que tomava conta de alguns trechos. Faixas nas pistas não foram pintadas e as placas de sinalização não foram reformuladas. De acordo com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), os serviços já foram licitados e devem ser iniciados em breve.
Quase no meio do caminho, no Rio Piquiri, a transposição é feita por meio de balsas, porque a ponte está interditada para reformas desde agosto de 2005. A obra está prevista para ficar pronta no fim de abril. A travessia custa R$ 3,50 (carro de passeio), R$ 20 (carreta) e R$ 30 (bitrem). No começo havia duas balsas, mas desde o começo do mês o movimento caiu cerca de 50% e apenas uma balsa faz a travessia atualmente. A Polícia Rodoviária Estadual de Guaíra informou que o movimento caiu porque a rodovia BR-163, entre Guaíra e Marechal Cândido Rondon, já foi recuperada pela operação tapa-buraco e a maioria dos motoristas opta por este trecho para viajar em direção a Paranaguá e outras cidades do Sul do estado.
Procurada pela reportagem, a empreiteira Mafrense, com sede em Mafra (SC), não quis se pronunciar sobre a análise do TCU. No escritório de Curitiba, a informação prestada por uma secretária da empresa era de que o diretor responsável estava em viagem e que, se houve interesse da empresa em falar, ela ligaria mais tarde. O retorno, porém, não ocorreu.
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