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Embrenhada em uma luta por Justiça para outras vítimas da violência no trânsito e para colocar o assassino do filho na cadeia, a empresária Cristiane Yared mal conseguiu viver o luto pela morte de Gilmar Rafael Yared. "Você acaba se envolvendo com a dor dos outros. Quando você começa a chorar, o telefone toca", conta.

O luto dela é vivido em prestações. "O mais difícil é quando chega a noite e lembro que nunca mais vou ver meu filho com vida. Aí cai a ficha. Fico olhando o lado vazio da mesa, a escada", afirma. "Minha neta me perguntou quando nós iríamos morrer para poder visitar o tio Gil", acrescenta.

Ela sabe que, depois que o processo chegar ao fim, o luto vai vir de forma ainda mais arrebatadora. "Eu nem sei o que vou fazer depois. Eu não havia pensado nisso. A gente vive um turbilhão de emoções que faz com que você esteja sempre acesa. Espero que Deus me dê força para continuar lutando e ajudando quem precisa", afirma. "Mas a luta não vai ter fim", conclui em seguida, lembrando-se das 70 famílias que se organizaram para formar o Núcleo de Apoio às Vítimas de Impunidade, criado por Cristiane depois que Gilmar morreu.

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