O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, confirmou neste sábado que a cabeça humana encontrada na quinta-feira (27) na Praça da Sé, no centro da capital paulista, pertence ao corpo encontrado em ruas de Higienópolis há uma semana.
"[A cabeça] É da vítima, já está confirmado. Agora vamos tentar identificar a vítima, que é parte importante da investigação", afirmou, em evento no litoral paulista.
Grella disse ainda ter pedido todo o empenho da Polícia Civil para esclarecer esse homicídio que, segundo ele, é um tipo de crime que choca a sociedade.
A Polícia Técnico-Científica comparou tecidos da área do corte do pescoço para confirmar que as partes eram da mesma vítima. Desde que a cabeça foi encontrada na Sé já existia essa suspeita.
A polícia continua sem pistas de quem é o assassino, a vítima e qual a motivação.
A cabeça foi encontrada em decomposição, o que dificulta seu reconhecimento. Técnicos estão trabalhando para reconstituir, por meio de computação gráfica, a face do morto, um homem branco que aparentava ter entre 30 e 40 anos de idade.
Uma questão que intriga investigadores é onde teria ficado guardada a cabeça entre domingo e quinta-feira.
Faltam ainda ser encontradas a bacia, com os órgãos genitais, e as pontas dos dedos, que foram cortadas provavelmente para impedir a identificação pelas digitais.
Exames nas mãos encontradas mostram que o homem tentou se defender de seu agressor antes de morrer.
A polícia procura familiares de homens que tenham desaparecido para tentar identificar o morto.
O caso
No último domingo (23), um morador de rua que revirava o lixo achou uma perna inteira, o pedaço de outra e dois braços em um saco preto, na esquina das ruas Sabará e Sergipe, por volta das 8h. Assustado, o homem foi até um mercado e pediu para que a polícia fosse chamada.
A cerca de 450 metros dali, na rua Coronel José Eusébio, uma mulher que fazia o serviço de limpeza da rua achou outra parte do corpo, em um carrinho de feira de tecido azul, por volta das 12h.
O tronco da vítima, sem parte da pele, estava enrolado em um vestido vermelho.
O terceiro pedaço do cadáver, uma coxa, estava em uma floreira da rua da Consolação, a 200 metros de onde estava o carrinho de feira.
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