Um cabo da Policia Militar lotado no 20º Batalhão do Litoral Norte de São Paulo foi afastado de suas funções após ter sido flagrado dando um chute em um gato. O ato ocorreu durante uma operação de demolição de casas em um loteamento clandestino no Sertão do Piavú, próximo à Praia de Cambury, em São Sebastião.
Uma sindicância foi instaurada para apurar o comportamento do PM. Enquanto isso, ele atua na área administrativa e como motorista.
O policial ficou aparentemente irritado quando um filhote de gato caminhou entre suas pernas, enquanto conversava com outros cinco policiais. Durante e após o chute, o policial sorriu, e foi acompanhado pelos demais colegas.
A imagem, feita por Reginaldo Pupo, gerou revolta nas redes sociais e foi vista em mais de 20 países. Uma petição pública organizada por internautas, endereçada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Secretaria de Segurança Pública, exige punição ao policial. “Exigimos a sua punição cabível à proteção contra mau trato animal, pois foi um ato de crueldade pública e gratuita, desonrando a corporação e dando mau exemplo à sociedade”, diz o texto da petição.
Embora assustado, o gato aparentemente saiu ileso do chute. Os donos do bicho, que não viram a agressão, levaram-no para casas de parentes e amigos, já que tiveram de deixar o local porque tiveram suas casas demolidas. “A ação (do policial) foi isolada e ocorreu em um momento tenso da ação demolitória. A Polícia Militar ficou no local por sete horas para oferecer segurança aos braçais da prefeitura, em local distante”, disse a presidente do Instituto Conservação Costeira, Fernanda Carbonelli, entidade que havia feito a denúncia sobre o loteamento clandestino.
Segundo o capitão Samir Tobias Alvarez, responsável pela Comunicação Social do 20º Batalhão, a atitude do policial foi “isolada, por motivos desconhecidos”. “Em nenhum curso orientamos tal atitude, já que pode ficar caracterizado crime ambiental”, frisou o capitão.
Segundo ele, o cabo foi afastado das ruas e presta serviços administrativos no batalhão. De acordo com o capitão, ele passará por acompanhamento psicológico. “Se for constatada a infração, ele poderá ser punido ou até exonerado do cargo, caso o fato seja considerado grave”. A sindicância tem prazo de 30 dias para ser concluída.
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