Dez pessoas foram presas acusadas de integrarem uma quadrilha de tráfico de drogas, na região do bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Entre os detidos está o cabo do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM), Carlos José Alves, conhecido como J.Alves, com cerca de 50 anos. Ele e a mulher fariam parte de um grupo que vendia crack e cocaína no bairro. A prisão, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ocorreu na manhã desta sexta-feira. Alguns dos integrantes da quadrilha são suspeitos de participarem de pelo menos dois assaltos, um em uma distribuidora de bebidas, quando roubaram 60 barris de chopp e o outro de um caminhão para transporte da bebida. "O policial cumpria dois papeis. O primeiro era de levar a droga para os pontos de venda. O outro era o de manter os membros da quadrilha informados sobre ações policiais", explica o promotor André Pasternak Glitz.
Segundo o promotor, quando alguns bons policiais do batalhão tentaram prender alguns membros da quadrilha, Alves chegou a ameaçar os colegas. O cabo já havia pedido a aposentadoria. No entanto, a solicitação ainda tramitava na PM.De acordo com o outro promotor do Gaeco, Denilson de Almeida, durante a prisão, realizada com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o cabo chegou a sacar a arma, mas os policiais o dominaram antes que atirasse. Foram apreendidos nove carros, três TVs de LED, armas e carregadores, além de meio quilo de crack. O policial deve permanecer preso no quartel geral da PM. Os outros devem ser encaminhados para unidades prisionais comuns.
Esquema
Os dez detidos mantinham um esquema de consórcio entre eles. "Todos trabalhavam pra si e pra todos", conta Glitz. Segundo o promotor, os suspeitos se reuniam para comprar a droga de determinado fornecedor. Depois de juntar dinheiro, muitas vezes com roubos como o dos barris, a compra era feita e a droga distribuída entre eles. O Gaeco considera o grupo uma das maiores quadrilhas de trafico do bairro Sítio Cercado. A quadrilha comprava pouca droga para venda rápida e evitar assim possíveis flagrantes em ações da polícia. Além disso, segundo Glitz, há indícios de que o grupo tenha participado de homicídios. No entanto, essa hipótese ainda será investigada.
Praia
De acordo com o promotor Almeida, a quadrilha se preparava para passar o fim de ano no litoral do Paraná, onde aproveitariam o alto movimento para traficar drogas.
Paixão
O Gaeco explicou que o policial se apaixonou pela sua atual mulher quando a prendeu por tráfico há algum tempo atrás. Não se sabe a data exata de quando começaram o relacionamento e os promotores ainda não têm o nome verdadeiro da esposa do policial. Sabe-se que ela utilizava Margarete como primeiro nome.
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