O empresário Joarez da França Costa, o Caboclinho, volta hoje ao banco dos réus. Acusado de ser um dos reis do desmanche no Paraná durante a passagem da CPI do Narcotráfico por Curitiba, em 2000, Costa será julgado pelo assassinato de Jezael Cubas, conhecido como Português, no final de 1999, em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Segundo a acusação, Caboclinho foi o mandante do crime, já que Cubas teria muitas informações a respeito de seus negócios supostamente ilícitos. A defesa do empresário vai alegar que o inquérito que deu origem ao processo foi orientado pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC) do Ministério Público do Paraná. O início do julgamento está previsto para as 9 horas, no Tribunal do Júri de Curitiba, no Centro Cívico.

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"Vamos responsabilizar diretamente o Ministério Público pela barbaridade que fizeram", afirmou ontem o advogado de Caboclinho, Antônio Augusto Figueiredo Basto. Segundo ele, as provas constantes do inquérito foram forjadas. "Testemunhas disseram que foram coagidas a depor na PIC, eram presos que foram retirados da carceragem e que depois disseram que nunca falaram aquilo, que era só para ajudar a promotoria." Nove testemunhas foram arroladas pela defesa.

Caboclinho foi preso pela primeira vez em 2000, acusado de possuir desmanches de veículos. Depois disso, foi condenado por participação na tentativa de assassinato de seu ex-sócio Adílio de Jesus Becker, em setembro de 1999. O empresário deixou a prisão em dezembro de 2004.

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