O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), fez nesta segunda-feira, 29, um apelo para que os manifestantes parem de promover protestos nas imediações de sua casa, no Leblon, na zona sul da capital fluminense. "Eu não sou um ditador. Estou aberto ao diálogo, às manifestações. Agora, na porta lá de casa, eu faço um apelo do coração, como pai", disse, durante entrevista coletiva no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado.

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A entrevista foi convocada para anunciar a decisão de não mais demolir o parque aquático Júlio Delamare, que integra o complexo esportivo ao redor do Maracanã. "Quero fazer um apelo porque, sabe, na porta de casa, eu tenho filhos pequenos. O Sérgio Cabral político é uma coisa. Ali, é o meu filho de 6 anos, meu filho de 11 anos. É um apelo de pai mesmo. Aqui (no Palácio Guanabara), manifestação é do jogo democrático. Fui presidente do Poder Legislativo durante oito anos. O que eu mais fiz foi ver as galerias cheias, vaiando, aplaudindo", afirmou.

Cabral afirmou que o contato com o papa Francisco, durante a visita do pontífice ao Rio, permitiu enxergar que lhe faltava humildade. "O papa tocou a mim. Fui deputado mais votado, governador mais votado, senador também. Estava precisando de muita dose de humildade e não tenho medo de dizer isso", disse. O governador do Rio é criticado durante protestos desde o início das manifestações pelo País, em junho, mas, ao contrário de outros políticos, permanece sendo alvo de atos quase diários. Desde o último domingo, um grupo de manifestantes está acampado nas imediações da casa de Cabral, sem a intenção de sair. Na próxima quinta-feira deve ocorrer um protesto no mesmo local, agendado por meio da internet.

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