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O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou hoje, através de sua assessoria de imprensa, que o palacete do antigo Museu do Índio, no Maracanã, zona norte carioca, não será mais demolido. O governo estadual diz, no entanto, que os índios terão que deixar o local.

Cabral não informou no que pretende transformar o antigo imóvel. Ele se comprometeu apenas a tombar e restaurar o prédio.

A Secretaria Estadual de Assistência Social afirmou que o governo quer pagar aluguel social aos índios, mas eles ainda não entraram num acordo. O cacique Carlos Tukano disse à reportagem que só negocia pessoalmente com o governador.

Anteontem, a Justiça expediu liminar impedindo a demolição do antigo Museu do Índio, situado ao lado do estádio do Maracanã. A decisão chegou às vésperas do encerramento do prazo dado pela procuradoria do estado para a desocupação do imóvel, prevista para hoje.

A liminar estabelece ainda uma multa de R$ 60 milhões para o caso de descumprimento da medida.

Família real

A área disputada por governo e índios pertenceu ao Duque Luís Augusto de Saxe, marido da princesa Leopoldina, filha mais nova de D. Pedro 2º. Ali, entre 1850 e 1890, ficava o Palácio Leopoldina.Em 1915, o marechal Rondon criou, no prédio, o Serviço de Proteção ao Índio, atual Funai. Em abril de 1953 foi criado o Museu do Índio.

Em 1977, quando era dirigido por Darcy Ribeiro, o museu foi transferido para Botafogo, zona sul. Os índios ocuparam o espaço, que estava abandonado, em 2006.

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