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A participação de policiais civis e militares no esquema de proteção da quadrilha liderada por Antônio Bonfim Lopes, o Nem, na Rocinha e no Vidigal, fez o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), cobrar punição para os agentes que se corrompem para o tráfico. O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, que confirmou que a ocupação das comunidades ocorrerá na madrugada de domingo (13), instou Nem a entregar todos os policiais a quem ele pagou propina nos anos em que dominou as duas favelas.

Em depoimento à Polícia Federal, o traficante relatou pagamentos de propinas a policiais civis e militares. As declarações devem gerar vários inquéritos para investigar a banda podre da polícia do Rio.

Nesta sexta-feira (11), integrantes da Corregedoria Geral Unificada já estavam tentando obter informações de Nem no Complexo Penitenciário de Gericinó - segundo Beltrame.

De acordo com reportagem publicada na edição desta sexta do jornal "O Globo", Nem disse aos agentes da PF que metade do seu faturamento era destinado ao pagamento de propinas. O traficante contou que em alguns meses não lucrou com o tráfico devido aos achaques da polícia e que alguns policiais recebiam mesada do tráfico.

As estimativas da Secretaria de Segurança é de que a quadrilha de Nem faturava em torno de R$ 100 milhões por ano.

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