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Operação Jaguar

Caçadores que aparecem em fotografias serão identificados pela Polícia Federal

As milhares de fotografias encontradas nas residências do dentista Eliseu Augusto Sicoli, em Cascavel, e do fazendeiro Célio Neri Prediger, de Corbélia, serão encaminhadas à superintendência da Polícia Federal (PF) no Mato Grosso do Sul. O material segue para o estado junto com as armas e animais empalhados apreendidos durante a Operação Jaguar, que desmantelou uma quadrilha especializada em caça ilegal de animais selvagens, principalmente onças pintadas. Sicoli, preso no Mato Grosso, é apontado pela PF como o homem que realizava excursões com empresários que tinham como "divertimento" a prática de caça no Pantanal. Prediger está com prisão decretada, mas não foi localizado pela polícia. Nesta quinta-feira (22), o delegado da PF em Cascavel, Algacir Mikalovski, disse que as pessoas que aparecem nas fotografias exibindo animais mortos serão identificadas e poderão responder por crime ambiental. Segundo ele, foram apreendidas caixas com milhares de fotografias. "As pessoas que praticaram os crimes, ou na ótica delas o divertimento, devem se preocupar porque as fotos delas foram apreendidas", diz. Na ação realizada na quarta-feira (21), prendeu em flagrante quatro argentinos, um paraguaio e três brasileiros que tentavam caçar na região de Sinop, no Mato Grosso. Outros dois suspeitos também foram detidos. De acordo com a PF, os agentes também cumpriram 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Corumbá (MS). Os oito suspeitos presos em flagrante em Sinop portavam grande número de armas e munições de diversos calibres. As investigações tiveram início no ano passado após relatos do encontro de carcaças de onças em algumas fazendas na região pantaneira e do sumiço de felinos que estavam em monitoramento pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os suspeitos serão indiciados com base na Lei de Crimes Ambientais, como perseguir, caçar ou matar animais da fauna silvestre sem permissão, cuja pena varia entre seis meses e um ano; por porte ilegal de arma de fogo, cuja pena prevista é de até 4 anos de reclusão; e formação de quadrilha, com pena entre um e três anos.

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