Investigadores conduzem Jair Antônio Fernandes até sala onde se deu entrevista coletiva nesta tarde| Foto: João Varella/Gazeta do Povo
Investigador José carlos Machado com a arma usada para matar a empresária Eonides Terezinha Ferreira
Eonides Terezinha Ferreira, 51, vítima de um homicídio em Balsa Nova, abraçada com os filhos em foto do álbum da família tirada há quatro meses;
Os delegados do Cope Miguel Stadler e Vanessa Alice
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A polícia anunciou na tarde desta quinta-feira (9) ter encerrado o caso do assassinato da empresária Eonides Terezonha Ferreira, 51 anos, morta ao passear por um trilha rural da cidade de Balsa Nova, região metropolitana de Curitiba. De acordo com o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), uma das pistas que incriminou Jair Antônio Fernandes, 26 anos, foi o fato do cachorro ter avançado contra ele.

Eonides saiu para caminhar por volta das 10h do dia 22 de março em uma trilha na recém adquirida casa de campo da família, localizada na Estrada das Lages. Aproximadamente sete horas depois, o corpo dela foi encontrado sem roupas com fraturas na região da cabeça. A empresária foi morta a golpes de machado e estuprada.

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Segundo a delegada Vanessa Alice, Fernandes foi considerado suspeito desde o início das investigações por três razões: Quando ajudou a família nas buscas por Eonides, disse que era melhor não avançar na área onde estava o corpo em razão de uma suposta alta concentração de cobras; Teve que ser medicado um dia depois do crime por estar ofegante e ter sudorese espontânea, sintomas típicos da síndrome de pânico; Uma semana depois do crime, o cachorro que estava com a empresária quando ela foi morta avançou contra Fernandes, o que chamou a atenção da polícia.

Fernandes foi detido sob regime de prisão temporária no dia 2 de abril. Contou várias versões da história, até que confessou o crime três dias depois. A delegada anunciou que deve pedir a prisão preventiva do suspeito.

Vontade repentina

Informações da polícia e confirmadas pelo próprio Fernandes dão conta que ele deu um soco no rosto de Eonides quando ela pediu por informações de trilhas onde poderia passear com o cachorro. Fernandes contou ter tido uma atração repentina por Eonides. Após o golpe, ela caiu e gritou. Recebeu mais agressões e foi estuprada na mata.

Depois disso, Fernandes deu vários golpes de machado na cabeça . O plano era jogar o corpo da empresária em um precipício nas proximidades, mas turistas cavalgavam nas imediações, o que o impediu.

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"Há um histórico de agressões sexuais pela região que investigaremos. Pode ser que Fernandes esteja envolvido", disse Vanessa. O delegado Wilciomar Voltaire, de Campo Largo, afirmou que a polícia encontrou uma lona com três calcinhas perto de onde o corpo estava.

Fernandes diz estar "muito arrependido" do crime. Afirma ser casado e ter dois filhos e três enteados. Ele esteve presente na entrevista coletiva do Cope e ouviu a versão da polícia. Não negou nenhum detalhe e agora deve responder por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.

Quem era

Proprietária de um centro de estética no bairro São Francisco, em Curitiba, Eonides era comumente chamada para cuidar do camarim de artistas que se apresentavam na cidade, segundo contam os familiares dela. Ela tinha dois filhos - uma adolescente de 15 anos e um rapaz de 21 - e um enteado, de 27. Era oficialmente divorciada do dono de uma revendedora de veículos.