"A história de Pretinho"
"Pretinho" chegou na SPAC no fim de junho em estado grave. O cachorro é mais uma vítima de maus-tratos contra animais. Ele foi encontrado por uma mulher ao lado da linha de trem em Almirante Tamandaré. Como as amputações são no mesmo local, nas duas pernas, a SPAC suspeita de que "Pretinho" tenha sido amarrado na linha do trem.
A vice-presidente da SPAC, Soraya Simon, acredita que existam pessoas que estão amarrando cães nos trilhos do trem, pois já recebeu essa informação, porém, não há como provar. Ela pede que quem presenciar casos de maus-tratos denuncie: "Assim podemos impedir que novos casos venham a acontecer", orientou. SPAC: 3256-8211
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Casa com dois andares, três quartos, banheiros, cozinha e um terreno com mais de 100 metros quadrados em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Não se trata de um anúncio de compra e venda de imóvel. São os detalhes da mais nova moradia do "Pretinho" - o cachorro que teve as extremidades das patas traseiras amputadas depois de, supostamente, ter sido amarrado junto ao trilho do trem.
Na última quarta-feira, Ricardo Rissert, de 20 anos, e o companheiro Paulo Guimarães Borges Júnior, 36, se sensibilizaram com a história de "Pretinho" e resolveram visitá-lo na Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (SPAC), onde o cachorro se recuperava de uma cirurgia. O final é previsível. "Não tinha como não se emocionar. Na hora decidimos adotá-lo", conta Rissert.
"Pretinho" chegou na nova casa, se instalou e já parece ter tomado conta da situação. Já está latindo e pede comida a toda hora. Desde quarta-feira, ele ocupa um espaço na cama dos novos donos. "É que ele ainda precisa de cuidados. Não pode ficar numa superfície dura", explica Rissert. Mas mesmo após a total recuperação, o animal só deve ir para o lado externo da casa para passear. "Ele vai dormir dentro de casa", garante.
O cachorro não está sozinho em casa. Assim que chegou, "Pretinho" se deparou com Priscila e Jeane - duas gatas sem raça definida (popular vira-latas) também adotadas pelo casal. A relação entre os bichanos vai muito bem. "As gatinhas assim que viram o 'Pretinho' foram cheirar ele e ficaram próximas como se tivessem cuidando", relata Rissert.
"Pretinho" deve ganhar dentro de 15 dias uma cadeirinha com rodas para poder se locomover. "É só o tempo dele se recuperar", diz. O nome do cachorro, que será mantido, foi dado ainda na SPAC pelas veterinárias que o atenderam e é fácil de entender o motivo. "Ele é todo pretinho ué", se diverte Rissert.
Os planos para "Pretinho" são ambiciosos e a médio prazo. Rissert pretende levá-lo a hospitais e orfanatos. "Ele é um exemplo. Mesmo sem as patinhas, ele é um cachorro feliz. As pessoas precisam entender que, às vezes, a perda de um membro do corpo não representa um obstáculo", explica o "empresário" e dono.
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