A superlotação das cadeias e celas localizadas em delegacias do estado do Paraná não é novidade. Mas um balanço realizado pela Secretaria do Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) mostra que o número de presos que aguardam julgamento ou já condenados detidos nas cadeias paranaenses é quase o dobro da capacidade total.
Ao todo, o Paraná tem 13.221 presos em cadeias sendo 3.903 condenados e 9.318 provisórios, que aguardam julgamento, e apenas 6.790 vagas. Os quase 4 mil detentos já condenados deveriam ser transferidos para as penitenciárias do estado, mas as 14.500 vagas no sistema penitenciário também já estão ocupadas.
Em Curitiba e região metropolitana, 558 presos já condenados precisam ser transferidos para uma das penitenciárias do estado. No interior, o número de detentos nesta situação é de 3.345. Além disso, a capital ainda tem 2.386 presos aguardando julgamento e há outros 6.932 provisórios no interior. Se condenados, a transferência para as penitenciárias será ainda mais difícil.
Na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, em Curitiba, por exemplo, há 164 presos em um espaço reservado para 48.
Em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV, o delegado chefe da Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil, Luis Fernando Artigas, reconheceu que os presos que não são abrigados pelo sistema penitenciário por falta de vagas acabam nas delegacias que funcionam como "um depósito de gente".
Artigas acredita que não é possível esperar a socialização desses presos ou melhoras na segurança com as delegacias nesse estado. Para ele, as penitenciárias deveriam assumir a responsabilidade de abrigar os 3.903 presos já condenados. O delegado ainda reclama que, com as cadeias lotadas, os funcionários empregados nas delegacias precisam trabalhar ainda mais para cuidar de todos os presos.
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