Os 90 cadetes iniciantes do Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Academia do Guatupê, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, estão sem receber salários desde março, quando ingressaram na corporação. Alunos do 2º e do 3º ano que foram promovidos, por sua vez, continuam recebendo a remuneração relativa ao cargo anterior.
A situação é especialmente complicada para os cadetes que vêm do interior do Paraná. É o que afirma o Cel. Elizeu Ferraz Furquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai). De acordo com o coronel, muitos passam dificuldades porque a academia não implanta mais o regime de internato para todos, ou seja, alguns alunos não têm mais o direito de comer e dormir no local. "Este atraso é inadmissível", reclama o coronel, que também apontou, entre outros problemas, que não foram entregues uniformes para o frio aos alunos durante o inverno. Um cadete do segundo ano, que não quis se identificar, explica que há vagas para os integrantes do interior, mas somente do primeiro ano. Nove alunos do Amapá e mais de quinze do Espírito Santo, segundo ele, não podem usufruir do alojamento e precisam "se virar" para custear moradia e alimentação.
"Tem pai de família que largou o emprego quando passou no concurso, e até agora, nada de salário", afirma o cadete, que também cita condições precárias no alojamento. "Como o bloco está em reforma, tem coisas absurdas como um único banheiro para mais de 300 pessoas", reclama.
Governo promete acertar dívida em uma semana
A Secretaria de Administração do estado informou, por meio de nota, que o atraso de salário aconteceu por conta de "questões sobre a quantidade de cadetes e, por consequência, de valores". O governo promete, no entanto, que todos receberão os salários atrasados na próxima quarta-feira (14), em folha de pagamento complementar. A remuneração básica de um cadete é de R$ 2.480,00.
A Polícia Militar (PM) admitiu que o bloco onde parte deles fica alojada, na academia, está em reforma, mas que não falta alimentação aos que moram lá.
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