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Imagem de arquivo de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o ‘Cadu’, tirada em 2010, em Foz do Iguaçu | Christian Rizzi/Arquivo Gazeta do Povo
Imagem de arquivo de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o ‘Cadu’, tirada em 2010, em Foz do Iguaçu| Foto: Christian Rizzi/Arquivo Gazeta do Povo

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, foi condenado nesta quarta-feira (26) a 61 anos e seis meses de prisão por dois latrocínios cometidos em Goiânia, em agosto do ano passado.

Assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele Raoni, Cadu havia sido considerado esquizofrênico e declarado inimputável pela Justiça em 2011. O crime ocorreu em março de 2010, em Osasco (SP).

Cadu irá cumprir pena por receptação, porte de arma de fogo e por latrocínio do estudante Matheus Pinheiro de Morais e do agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes d’Abadia. Ele não poderá recorrer da decisão em liberdade.

Assassino confesso de cartunista pede pena maior à juíza em interrogatório

Após o interrogatório, a defesa requereu uma avaliação por psiquiatra indicado pela família, falando em agravamento da enfermidade mental do rapaz, o que foi rechaçado pela promotoria

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A juíza Bianca Melo Cintra, da 5ª Vara Criminal de Goiânia, indeferiu o pedido da defesa para que Cadu fosse submetido a uma nova avaliação psiquiátrica porque, segundo ela, os depoimentos das testemunhas constituem prova “robusta e suficiente” para embasar a condenação. A juíza também levou em conta o laudo que comprovou que a arma apreendida em poder de Cadu foi a mesma utilizada nos crimes.

A juíza observou ainda que Cadu é réu primário, mas apresenta conduta social desfavorável e tenta se fazer de vítima. “As informações que se inferem dos autos denotam ser aversivo o seu papel incerto na sociedade, sendo eficaz ludibriador, além de dissimulador e manipulador de ideias, fazendo-se passar por vítima”, afirmou.

A magistrada mencionou ainda o sarcasmo e o egocentrismo de Cadu em seu interrogatório, além de sentimentos de raiva e descaso com o Poder Judiciário. “A despeito que a medida de segurança ao réu aplicada não possa ser levada em conta a torná-lo reincidente ou possuidor de maus antecedentes criminais, o fato de já ter ceifado a vida de dois seres humanos não obstante inimputável à época, indica sua repulsa ao bem maior alheio”, afirmou.

Cadu foi condenado a 54 anos de prisão pelos dois latrocínios (27 cada um), dois anos e seis meses por receptação (ele foi preso dirigindo o carro que roubou de Morais) e mais cinco anos por porte de arma. Ele está preso no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, em Goiás.

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado dele, Sérgio Divino Carvalho Filho, mas ninguém atendeu as ligações.

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