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Rottweiler Fred doa material para o banco de sangue canino | Jaelson Lucas/SMCS/Divulgação
Rottweiler Fred doa material para o banco de sangue canino| Foto: Jaelson Lucas/SMCS/Divulgação

Quem pode doar

Para doar sangue, o cachorro deve ter mais de 25 kg e idade entre um e oito anos. Não é necessário ser de raça. A coleta é realizada pela jugular do animal e a cada doação são retirados 450 mL de sangue. O procedimento dura cerca de 15 minutos e pode ser realizado a cada dois meses.

Os doadores devem ser saudáveis e estar com a vacinação em dia. O ideal é que cães que doem sangue com frequência sejam vacinados contra cinomose, hepatite infecciosa e leptospirose a cada seis meses. Antes de cada doação, uma amostra de sangue é submetida a um hemograma completo e testada contra as principais doenças transmitidas via transfusão.

Grupo sanguíneo

Existem mais de 20 grupos sanguíneos caninos catalogados, mas apenas seis têm importância na medicina transfusional. Cães da mesma raça podem ter tipos sanguíneos diferentes, assim como cães de raças diferentes podem possuir o mesmo tipo.

Serviço:

Para doar sangue canino, interessados podem ligar para: (41) 9171-8289 e (41) 8887-4949, ou enviar email para contato@pettransfusion.com.br

Uma chance de sobrevivência: esse é o objetivo do banco de sangue canino particular que acabou de ser criado em Curitiba pela empresa PetTransfusion para auxiliar em situações de emergências veterinárias, já que a transfusão de sangue muitas vezes é a única alternativa para cães vítimas de atropelamento, intoxicação, câncer e doenças transmitidas por vetores (insetos ou animais).

O maior obstáculo a ser enfrentado pela iniciativa é que esse tipo de doação ainda não é prática comum entre donos de animais. O médico veterinário João Amádio, responsável pelo banco, explica que muitos cães morrem por não encontrar sangue armazenado disponível para transfusão já que, geralmente, quando um animal precisa de sangue, o dono procura por algum conhecido que tenha um cachorro grande que possa ser doador e a transfusão é realizada imediatamente.

"Nossa meta é suprir a necessidade de Curitiba e Região Metropolitana. Hoje, só aqui na Clinivet, onde a unidade do hemobanco foi instalada, temos uma demanda de 10 bolsas de sangue por mês", explica Amádio.

Além de evitar a morte de muitos animais, o centro de hemoterapia canina vai oferecer aos proprietários de cães sangue analisado e de procedência garantida. Já médicos veterinários terão acesso ao sangue completo ou aos derivados – concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. É possível conservar o material entre 21 dias até um ano.

Rottweiler Fred inaugura o banco

Fred é um rottweiler de 2,5 anos de idade. O cão trabalha na Guarda Municipal de Curitiba e, na última quarta-feira (12), cumpriu seu dever de cidadão canino foi até o hemocentro doar sangue para seus pares. Os dez cães da GM (das raças labrador, pastor alemão, pastor belga malinois, rottweiler e gold retriever) tinham o hábito de doar quando algum hospital veterinário necessitava. A vantagem, agora, é a estocagem do material. "Os cães nem sempre estavam disponíveis para a doação", explica Carlos Moreira Flausino, supervisor da GM, que se tornou parceira do projeto.

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