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 | Cesar Brustolin/SMCS
| Foto: Cesar Brustolin/SMCS

Ônibus atropela cachorros em terminal de Curitiba

No ano passado, cachorros que viviam no terminal Hauer, em Curitiba, foram atropelados por um dos ônibus que circulava pelo local. As câmeras do terminal flagraram o momento da fatalidade, que ocorreu porque o motorista não teria visto que os cães entraram embaixo do veículo. Assista ao vídeo.

Os cachorros que vivem nos terminais de ônibus de Curitiba agora serão oficialmente monitorados. Desde maio, 41 desses cães residentes em dez terminais já foram castrados, vacinados e microchipados pela Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). A ação faz parte de um projeto realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que pretende controlar a população canina desses locais.

Chamado de Cães Comunitários, o projeto conta com recurso de R$ 200 mil, aprovado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (FAP). Segundo o zootecnista Edson Evaristo, responsável pelos trabalhos junto a SMMA, a ideia do controle nasceu por causa da grande demanda da população para que a Prefeitura tomasse providência em relação aos animais.

"Existia uma necessidade muito grande de que a gente interviesse nesta questão dos cães, que a gente castrasse eles principalmente. Tínhamos várias reclamações no 156 [central de atendimento da Prefeitura] dizendo que os cachorros tinham sarna, tinham quebrado a pata, coisas assim. Aí a gente começou a pensar nesse projeto", explica Evaristo.

Segundo ele, ainda que os terminais não sejam os locais mais adequados para abrigar os cachorros, pensar em uma retirada deles desses pontos não seria a solução mais viável atualmente, já que isso implicaria na vinda de outros cachorros. "Temos bem claro que não é o local mais adequado, mas é o local que oferece as condições necessárias para eles. Eles encontram ali os cinco "As": abrigo, alimento, água, acesso e acasalamento. É um local totalmente propício e vai continuar sempre sendo porque sempre passam pessoas que dão comida", argumenta o zootecnista.

Evaristo disse ainda que foram encontrados nos terminais visitados cachorros que praticamente habitam esses locais desde que nasceram. No terminal do Bairro Alto, por exemplo, um dos cães foi identificado como vivendo ali há mais de nove anos. "Eles ganham muita comida. Passam o dia comendo coxinha, quibe e costela".

Com a saúde em dia, os cachorros agora passaram a chamar ainda mais atenção. Tanto que dos 41 castrados, nove já foram adotados. A SMMA alerta, no entanto, que antes de simplesmente levar um cão para casa é necessário avisar à secretaria para que seja feito o termo de adoção, uma vez que eles já estão microchipados e precisam ter seu paradeiro identificado.

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