Os cães já começaram a treinar para a Copa de 2014: adestramento para detectar drogas envolve brincadeiras e recompensa| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Trabalho

Veja quais são os passos pelos quais os cães devem passar para serem adestrados:

Indução

Primeiramente, o animal é induzido à ação com uma tarefa muito simples, a de pegar um objeto arremessado pelo treinador e levá-lo de volta para um novo arremesso.

Associação

Passa-se então para a fase da associação, quando o cão já identifica o brinquedo, e este é colocado próximo a algum tipo de entorpecente ou material ao qual deve ser associado. Dessa forma, toda a vez que o animal sentir o cheiro da droga ou do material, ele vai lembrar-se do objeto e correr, achando ser uma brincadeira.

Repetição

Esta fase faz com que a atividade seja fixada pelo animal. Quando ele encontrar a droga ele ficará mais agitado, dando sinais de que há algo suspeito. Por tomar este trabalho como diversão, em nenhum momento ele avança na pessoa de forma violenta a ponto de morder, como por vezes se imagina.

Fonte: Programa Cão Amigo.

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Cão Amigo

Os cães treinados neste programa da Secretaria Antidrogas de Curitiba participam de demonstrações em escolas, igrejas e feiras para aproximar a população da polícia e mostrar como é feito o trabalho de detecção de drogas. O principal objetivo é mostrar que são cães dóceis, que não estão ali para machucar as pessoas.

Quem pensa que só os jogadores de futebol terão de suar a camisa até a Copa de 2014, está enganado. Além dos operários que trabalham em obras por todo o país, cães das raças labrador e golden retriever começam a treinar intensamente para chegar com o faro em forma quando Curitiba receber os jogos. Entre as novidades na área estão técnicas para detectar crises epiléticas e métodos mais seguros de treinamento em relação a drogas.

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Os preparativos dos animais utilizados pela Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba já começaram. No início deste mês, três guardas da secretaria e dois bombeiros participaram do Seminário de Seleção e Formação de Cães Farejadores, no município de São Pedro, interior de São Paulo. O objetivo do encontro foi aperfeiçoar as técnicas de adestradores e policiais de todo o país e apresentar novas ideias para a detecção de narcóticos, de pessoas em crise de epilepsia, e na busca e resgate em áreas em colapso. O evento reuniu cães que serão avaliados e treinados para atuar também nas Olimpíadas.

Uma das novidades apresentadas foi a apresentação do método Sokks, cápsulas que podem conter micromoléculas de odor de várias drogas, sangue e até explosivos. Essa técnica representa um avanço no treinamento porque faz com que o agente não tenha de entrar em contato com essas substâncias na hora de treinar o animal.

Os participantes conheceram ainda o trabalho feito com cães para a detecção de crises de epilepsia. "O corpo libera substâncias químicas que podem ser identificadas pelo animal, apontando o perigo antes que o ataque ocorra", explica Hamilton Klein, secretário municipal antidrogas. Além dos cães que ficarão a postos no estádio e em suas proximidades à procura de drogas, "colegas caninos" do Corpo de Bombeiros também estarão de prontidão para atender em casos de emergência.

Adestramento

Os treinamentos são realizados no Canil Borda do Cam­po, em São José dos Pinhais, região metropolitana da capital. De acordo com o guarda municipal Antônio Carlos Flausino, coordenador do canil da secretaria, o treinamento que hoje é realizado será intensificado para atender os dois grandes eventos que o país sediará nos próximos anos.

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Hoje os cães são utilizados como apoio às polícias Militar e Civil. "Já atuamos em jogos, onde os cães detectam, ainda na entrada, a presença de algum tipo de droga com os torcedores, e auxiliamos na instalação das Unidades Paraná Seguro (UPS)", explica Flausino.