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Clima

Calorão no PR ultrapassa média histórica de janeiro

No lugar da brisa costumeira aos finais de tarde, madrugadas abafadas. O cenário que o curitibano tem enfrentado nas últimas semanas pode ser facilmente traduzido em números: as temperaturas mínimas estão 1°C acima da média, enquanto as máximas ultrapassam em 2,5°C a média histórica. O culpado de todo esse calor no Sul e Sudeste do Brasil, segundo o Simepar, é um bloqueio atmosférico, nome dado a uma massa de ar quente e seco que se instalou sobre a região, impedindo a entrada de frentes frias.

Segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, do Instituto Tecnológico Simepar, a atmosfera é regida por circulações de ventos que, nesta época, costumam soprar de oeste para leste. Já o caminho comum das frentes frias é de sudoeste para nordeste, ou seja, da Argentina para o Rio de Janeiro. "Em alguns momentos, esse movimento é impedido por sistemas de ciclone. Existe uma grande massa de ar atuando no Pacífico, que impede as frentes frias de subirem o continente. Com isso, elas têm ido do Atlântico direto para a África", explica.

A sensação de forte calor também é intensificada pela ausência de umidade. "As chuvas na capital ficaram dentro da média, mas concentradas em poucos dias e intervalos curtos", acrescenta Kneib. A boa notícia para os desesperados é que, pelo menos, a secura deve dar uma trégua a partir de segunda-feira, quando uma frente fria está prevista para o Rio Grande do Sul. A novidade, porém, não deve alterar muito as altas temperaturas no Paraná, de acordo com a meteorologista Scheila Paz, do Simepar. "Ameniza, mas não muito. Essa primeira frente ainda será bem irregular, sofrerá resistência do ar seco e irá para o oceano."

De imediato, chuvas pontuais mais expressivas são esperadas em todo o estado, a partir da terça-feira.

Acima do normal

Em janeiro foram registradas temperaturas mais altas que a média histórica do mês em alguns municípios paranaenses. É o caso de Foz do Iguaçu, que chegou a registrar uma média de 32,8 °C no primeiro mês do ano, meio grau a mais que a média mais alta da série histórica para janeiro. Em seguida, com a segunda média mais alta está Maringá, com 31,3°C no início de 2014.

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