A prefeitura de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, tem até o fim do mês para entregar à Câmara de Vereadores da cidade os nomes de parentes de funcionários do primeiro escalão municipal que ocupam cargos comissionados. Pelo menos 27 pessoas estão nessa situação, seis delas parentes do prefeito Édson Basso (PMDB), de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE). O requerimento foi aprovado por unanimidade, com o voto de dez parlamentares, na segunda-feira (4).
A proposta partiu do presidente da Câmara, Marcelo Puppi (PFL). Ele próprio, no entanto, tem quatro parentes no governo, de acordo com o MP. A idéia dele é aprofundar essa busca e descobrir mais parentes comissionados do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, assessores especiais, diretores gerais e das três empresas públicas da cidade. "Temos casos de parentes que têm parentes de parentes trabalhando na prefeitura. É uma rede que assusta, maior do que se imagina", explica o vereador.
A preocupação principal de Puppi é com o excesso de funcionários que estão na administração municipal sem prestar concurso. Segundo ele, a prefeitura mantém hoje 800 cargos comissionados, dentro de um quadro total de 2,5 mil servidores.
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