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A Câmara Municipal de São Paulo analisa um projeto que altera a Lei Cidade Limpa para permitir a veiculação de anúncios nos 15 mil ônibus e 7 mil vans de São Paulo. A verba arrecadada ajudaria a reduzir a tarifa, hoje em R$ 3. O autor da proposta, vereador Antonio Goulart (PSD), tem apoio da gestão Fernando Haddad (PT) para que a regra entre em vigor. Se isso ocorrer, a exceção será a maior na Cidade Limpa desde a criação da lei, em setembro de 2006.

Marca da gestão Gilberto Kassab (PSD), a lei também proibiu anúncios no comércio com mais de 4 metros quadrados. Nem luminosos tradicionais como o do Itaú do Conjunto Nacional e de hotéis como o Maksoud Plaza foram liberados.

Sem espaço para anunciar na maior capital do País, empresas como Cinemark, Claro e Heineken pagam hoje até R$ 8 mil mensais para donos de Veículos Utilitários de Cargas (VUCs) rodarem com logotipos de suas marcas na traseira. "Imagine o mercado que não se abre com os ônibus podendo anunciar? A arrecadação dessa publicidade poderá ter um peso significativo para baratear a passagem e pode ser algo mais rápido e viável do que o aumento da gasolina, como propôs o prefeito", argumenta Goulart.

A única exceção na regra de Kassab era a licitação do mobiliário urbano, que incluiu a possibilidade de concessão de espaços publicitários nos abrigos de ônibus e nos relógios de rua. É esse artigo que Goulart quer alterar para incluir o anúncio dos ônibus. "É justo, e no momento em que se discutem várias alternativas para o custeamento da tarifa", acrescentou o vereador.

Por decreto. Outras duas alterações já foram feitas pelo próprio Haddad, por meio de decretos. O prefeito primeiro liberou, em fevereiro, os cartazes nos cinemas e teatros. Há duas semanas, autorizou também ônibus e táxis a veicularem por 30 dias uma campanha promovida por empresários (Pedala SP) para incentivar o uso de bicicletas na cidade.

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