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Brasília – A menos de seis meses das eleições de outubro, a Câmara deverá inocentar, na próxima semana, o décimo deputado acusado de envolvimento com o esquema de caixa 2 operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O deputado Josias Gomes (PT-BA), o próximo a ser julgado por falta de decoro parlamentar, confessou ao Conselho de Ética e Decoro que recebeu R$ 100 mil do valerioduto. O petista alegou que os recursos foram usados para saldar dívidas de campanha, em 2002, no estado dele e tem grandes chances de ser absolvido, a exemplo do que aconteceu com outros nove deputados envolvidos com o mensalão.

Depois das sucessivas derrotas no plenário da Câmara, os integrantes do Conselho de Ética resolveram apelar ao Ministério Público (MP). Na próxima semana, a cúpula do conselho reúne-se com o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, para entregar os relatórios elaborados pelos relatores, que recomendaram, invariavelmente, a cassação do mandato dos deputados. Os parlamentares reconhecem que o papel do conselho não é o mesmo do MP. Mas têm esperanças de que o procurador proponha o indiciamento dos deputados apontados de envolvimento com o mensalão.

Além de Josias Gomes, o deputado Vadão Gomes (PP-SP) é outro que têm grandes chances de ser salvo pelo plenário da Câmara e não ter o mandato cassado.

Vadão Gomes é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões do valerioduto.

A situação mais delicada é a do deputado José Janene (PP-PR). Em licença médica desde outubro, Janene também é acusado de ter recebido dinheiro de caixa 2 de Valério. Apesar de contar com a simpatia dos colegas de Câmara, ele corre o risco de ter o mandato cassado. A análise do caso está bem atrasada.

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