Uma comissão especial na Câmara de Vereadores pretende cobrar respostas da prefeitura sobre o aumento da passagem de ônibus em Curitiba. A instalação da comissão ainda está em trâmite na casa, mas o vereador responsável pela proposta, Felipe Braga Côrtes (PSD), explica que além de explicações do reajuste de R$ 3,70 para R$ 4,25, o grupo também serviria para fazer um diagnóstico do sistema e retomar as pautas apresentadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de 2013, que à época apontou a possibilidade da redução do valor da tarifa.
“O aumento veio numa hora imprópria e antecipada. Dentro de toda a composição, vamos buscar entender esse aumento e se ele justifica realmente toda a melhoria que a prefeitura anunciou”, aponta Côrtes, que protocolou terça-feira (7) o pedido da criação da comissão especial. O pedido foi protocolado com a assinatura de 18 vereadores, mas nesta quarta-feira (8) sete deles voltaram atrás e retiraram seus nomes da proposta. Os desistentes foram Geovane Fernandes (PTB), Osias Moraes (PRB), Maria Leticia (PV), Julieta Reis (DEM), Thiago Ferro (PSDB), Helio Wirbiski (PPS) e Mauro Bobato (PTN)
De acordo com o vereador, um diagnóstico geral do sistema de transporte permitiria saber de onde viriam os investimentos para melhorias, inclusive os novos projetos traçados com o dinheiro para o metrô. O relatório da CPI de 2013, que sugeriu redução no preço da tarifa, também será usado para se discutir o valor justo da passagem. “Queremos contribuir no sentido de dar o resultado das propostas que foram indicadas na CPI para baixar a tarifa”, afirma Côrtes.
O relatório da CPI de 2013 chegou a ser entregue ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Conta do Estado (TCE), que logo após as sugestões emitidas pela CPI chegou a sugerir enxugamento no valor da tarifa. “Vamos cobrar um posicionamento do Ministério Público sobre a questão. Nunca tivemos uma resposta sobre as medidas que saíram da CPI e que foram enviadas a eles”, acrescentou o vereador, que falou ainda na expectativa de dar celeridade a projetos de lei como os que contemplam a implantação de bilhete único na capital.
Procurado, o MP ainda não se pronunciou a respeitos das análises de 2013.
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