Brasília O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), retirou da pauta de votações da Casa projetos que, se aprovados, aumentariam em R$ 134,465 milhões os gastos do Poder Judiciário da União em 2007.
Os projetos entre eles dois que reajustam os salários de magistrados e integrantes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) , haviam entrado na previsão de votações divulgada sexta-feira, a pedido da assessoria da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Dificilmente, os reajustes serão votados ainda neste ano.
Aldo e Ellen teriam conversado no final de semana. Depois disso, os projetos saíram da pauta e foi cancelada uma reunião de líderes partidários que contaria com a presença da ministra. Ellen Gracie iria pessoalmente à Câmara para defender e pedir agilidade na votação de temas de interesse do Judiciário. A reunião estava marcada para hoje.
Por meio de sua assessoria, a ministra disse que a reunião foi suspensa por iniciativa de Aldo.
Alguns deputados resistem em votar um aumento ao Judiciário agora por avaliarem que acabariam arcando com parte da repercussão negativa: a Câmara discute um aumento nos próprios vencimentos, tema polêmico, que deve ser aprovado até o fim do ano. Na pauta que a ministra tenta aprovar na Câmara constam quatro itens processuais e quatro itens econômicos. Os processuais permanecem na pauta e poderão ser votados esta semana. Os outros caíram.
Entre os financeiros, o projeto de maior impacto reajusta em 5% o salário de ministro do STF, elevando-o de R$ 24.500 para R$ 25.725. Ele tem efeito cascata sobre a remuneração de 5.500 juízes, com gasto de R$ 92,904 milhões.
Além disso, eleva automaticamente a gratificação paga a juízes eleitorais, de R$ 5.880 para R$ 6.174, ao custo de R$ 12,516 milhões. O mais polêmico deles institui o jetom de 12% para conselheiros do CNJ, por presença em sessão, até o máximo de 24% ao mês, e prevê pagamento retroativo a junho de 2005, quando o órgão foi instalado, o que implicará despesa de cerca de pelo menos R$ 1 milhão.
Outros dois criam 262 cargos de servidor do STF, com impacto de R$ 18,614 milhões, e 88 cargos de servidor do CNJ, além de 38 funções comissionadas no conselho, com gasto extra de R$ 9,431 milhões.
Os outros quatro projetos que permanecem na pauta não têm repercussão financeira. Um permite que o processo judicial seja totalmente virtual, sem utilização de papel. Outro define normas para a tramitação de mandado de segurança coletivo. Os dois últimos reduzem o volume de processos do STF. Um regulamenta a súmula vinculante, criada pela reforma do Judiciário, e o outro institui a repercussão geral, mecanismo pelo qual o tribunal ficará desobrigado de julgar recursos que só tenham relevância para as partes envolvidas.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião