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Exercício em parque em Londrina: pesquisa aponta benefícios de caminhar | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Exercício em parque em Londrina: pesquisa aponta benefícios de caminhar| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

As quedas estão entre as principais causas de incapacidade física e mortalidade entre os idosos. Mas esse risco pode ser reduzido com caminhadas, que ajudam a fazer a manutenção do equilíbrio postural. É o que mostra estudo recente da Universidade Norte do Paraná (Unopar), que recebeu em setembro o Prêmio Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular.A pesquisa, do aluno de Fisio­terapia Márcio Rogério de Oliveira, submeteu um grupo de 41 idosos a um teste de caminhada de 6 minutos em ritmo moderado. Através de uma fórmula que leva em conta idade, altura, peso e sexo, foi estimado o quanto cada pessoa deveria ser capaz de caminhar. Eles foram divididos em dois grupos, de acordo com a distância percorrida.

Depois, com a ajuda de um aparelho de alta tecnologia, que avalia o equilíbrio postural, foi possível estabelecer uma comparação entre os grupos. "O déficit de equilíbrio foi detectado por um aparelho sobre o qual o idoso deve ficar parado em um pé só durante trinta segundos", diz o estudante.

Com a análise desses dados, foi possível concluir que os que caminham tinham duas vezes mais equi­­líbrio do que os do grupo se­­den­­tário. "Quem caminha tem me­­nor oscilação postural e mais estabilidade. Essas pessoas correm me­­nor risco de sofrer quedas porque o equilíbrio é um dos fatores mais determinantes para isso", acrescenta o professor Rubens Alexandre da Silva Júnior, orientador do trabalho.

Meia hora

O estudo corrobora a recomendação do Colégio Americano de Medicina, de caminhadas de 30 minutos, de três a cinco vezes por semana, com intensidade moderada. "Além de preservar o equilíbrio, essa atividade evita fraturas, doenças degenerativas, doenças cardiovasculares e até a morte".

A caminhada trabalha os grandes grupos musculares e principalmente o vetor da gravidade. "Ao ca­­minhar, o corpo é utilizado de ma­­neira antigravitacional, o que contrai os músculos que participam da manutenção do equilíbrio", explica Silva Júnior. O envelhecimento traz alterações para o organismo que provocam a redução da massa muscular, da força fí­­sica e da coordenação motora. "Além disso, o idoso tem a visão e a audição limitadas, o que aliado à ina­­tividade física o deixa mais propenso à perda do equilíbrio."

O professor ressalta que a pesquisa não conclui que a caminhada é o melhor exercício para o idoso, mas que é uma excelente alternativa – uma das mais simples e baratas. "O idoso tem de manter atividades funcionais. Caminhar é positivo, mas fazer algum programa de atividade física supervisionado, como exercícios de agilidade e força, também ajuda."

O fisioterapeuta Lisandro An­­tônio Ceci lembra que alongamento, hidroginástica e musculação são atividades que também contribuem para a melhora do equilíbrio do idoso. Boa parte dos fatores que provocam quedas nos idosos pode ser evitada. "Obstácu­los co­­mo degraus, luz fraca e calçada ir­­re­­gular podem ser eliminados com modificações no domicílio". Re­­tirar tapetes, deixar os ambientes mais livres e instalar barras de apoio nos banheiros também são boas alternativas.

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