Caminhão carregado com soda cáustica tomba na BR-376, sem danos ambientais

• 0

Palmeira – Um caminhão carregado com 40 toneladas de soda cáustica tombou na manhã de ontem na BR-376, no sentido Curitiba–Ponta Grossa, próximo à praça de pedágio na Colônia Witmarsun, Região Central do estado. O motorista Sérgio Rafael Meurer teve apenas escoriações no rosto e braços. Mesmo com o acidente, que interditou meia-pista nos dois sentidos da rodovia durante toda a manhã, não houve congestionamento nem danos ambientais.

De acordo com Meurer, por volta das 8h10 de ontem, o motorista de um caminhão que estava a sua frente teria se distraído com o telefone celular e ficou no meio da pista, impedindo a sua passagem. Ele tentou desviar do caminhão e a parte traseira da carreta bitrem que dirigia acabou tombando. Sem controle, o veículo caiu no canteiro central da pista. Meurer, que só sofreu arranhões porque usava o cinto de segurança, ficou no local do acidente esperando a retirada da carga. "Se não fosse o cinto, teria me machucado", afirmou.

Algumas das 3 mil caixas com embalagens do produto químico estouraram, deixando parte da carga de soda cáustica esparramada na pista do sentido Ponta Grossa–Curitiba. Funcionários da Rodonorte, concessionária que administra o trecho da rodovia, e bombeiros isolaram o local, deixando o tráfego em meia-pista. Além da soda cáustica, o caminhão também carregava pequena quantidade de produtos para limpeza de piscinas.

A retirada do produto e do caminhão, feita por funcionários da concessionária, durou toda a tarde de ontem. Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estiveram no local, mas não constataram dano ambiental, apesar da existência de um córrego a 100 metros do trecho do acidente.

A soda cáustica é um produto tóxico e corrosivo, usado para a limpeza domiciliar. Se for inalado, causa irritação nos olhos e nas vias respiratórias. Caso entre em contato com a pele, pode causar lesões graves e matar. De acordo com o sargento Luiz Carlos Suksdorf, integrante da Defesa Civil, o bom tempo ajudou para que a carga não causasse danos. "Como o produto é sólido, em contato com o asfalto ele foi se decompondo", explicou.