A explosão de um caminhão carregado com 30 mil litros de óleo diesel deixou a BR-277, entre Curitiba e o litoral do Paraná, interditada por pelo menos duas horas na manhã de ontem. O congestionamento na rodovia chegou a 2 quilômetros. O caminhão, que trafegava no sentido Curitiba-Paranaguá, bateu contra a mureta de proteção, próximo ao Viaduto dos Padres, por volta das 6h30. A cabine se separou do tanque e bateu contra um morro rochoso às margens da rodovia. O tanque atravessou a pista para o sentido oposto e explodiu. Não houve feridos.
Segundo o gerente de operações da Concessionária Ecovia Caminho do Mar, Mauro Szwargun, o tráfego ficou totalmente interditado por 45 minutos. A pista no sentido Paranaguá-Curitiba permaneceu fechada por mais de duas horas. A liberação só aconteceu no final da manhã. Desde as 9 horas, o trânsito fluiu somente em meia pista. Para o gerente, o acidente foi um dos mais graves que já ocorreu na rodovia. "Se fosse num horário com mais movimento os danos poderiam ser bem maiores", disse.
Com a explosão, o óleo em chamas desceu por duas canaletas de escoamento de água e atingiu a vegetação às margens da rodovia. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Concessionária Ecovia levaram 45 minutos para controlar o incêndio. Por volta das 11 horas, outro foco de incêndio atingiu a vegetação, mas foi rapidamente controlado. "O solo está muito encharcado com o óleo. Vamos acompanhar a retirada do material, senão corremos o risco de ter mais fogo", disse o tenente Leonardo Mendes dos Santos, do Corpo de Bombeiros de São José dos Pinhais.
Uma equipe do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) retirou amostras do solo e da água dos rios próximos entre eles o Rio dos Padres, fortemente atingido por óleo após um acidente em abril de 2001. As amostras serão encaminhadas para análise nos laboratórios do IAP para avaliar o impacto ambiental. A análise deve ficar pronta em dez dias.
Causa
O motorista do caminhão, Cláudio Gonçalves Basílio, 39 anos, disse que faltou freio no momento em que fazia a curva. "Eu nasci de novo. Só vi o resto do caminhão explodindo e pegando fogo", conta. Ele garante que dirigia em baixa velocidade. Já o responsável pelo transporte de produtos perigosos da Polícia Rodoviária Federal, Hugolino Trevisan, afirma que há fortes indícios de que o veículo estava em alta velocidade. "Há marcas de freio no chão, como pode ter faltado freio?", questiona o policial. Ele diz que a empresa transportadora já recebeu quatro notificações, com multas que podem chegar a R$ 1,5 mil cada uma.
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