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"Atenção: nada no Itupava é hollywoodiano." O alerta vem do engenheiro florestal Paulo de Tarso Pires, 37 anos, professor da UFPR e coordenador geral do Pró-Atlântica, programa do governo do estado do Paraná que responde pelo restauro da trilha mais famosa da Serra do Mar. O aviso é dirigido àqueles que porventura podem achar que o caminho foi transformado num parque de diversões regado a caçambas de pipoca e refrigerante. Que não se espere lanchonetes, banheiros, guardas a cada mil metros ou artifícios do gênero. Nem sempre há sinal para telefones celulares. Orelhões – só se forem miragens depois de vencer um trecho íngreme. O despojamento do Itupava foi mantido e trilhá-lo é indicado para quem está disposto a mantê-lo tal e qual. Logo, pernas para que te quero e nada de lixo no chão.

• Em tempo: recomenda-se não fazer a trilha até que o policiamento seja efetivado, ainda este mês.

• Dimensão: o Caminho do Itupava tem 22 quilômetros de extensão. Pode-se percorrê-lo em até oito horas.

• Vegetação: passa em área de transição entre a Floresta de Araucária e Floresta Atlântica. Podem-se ver ao longo do percurso capões, típicos das matas de pinheiro, campos úmidos, e espécies como a canela preta, embaúba, gabiroba ou tapiá.

• Como chegar de ônibus: pegar condução para Quatro Barras, no Terminal Guadalupe, e em Quatro Barras um alimentador para Borda do Campo. Terminado o percurso, em Morretes, há um acréscimo de seis quilômetros a pé até Porto de Cima.

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