Pelo terceiro dia consecutivo, caminhoneiros aguardam numa fila, ao longo da BR-277 (rodovia que liga Curitiba ao Litoral), para poder descarregar no Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a assessoria do porto, a fila, na manhã desta quinta-feira, começa na entrada do pátio do porto e se estende até o km 14.
O motivo da formação de fila é o cadastro que motoristas e caminhões têm que fazer para implantação de um novo sistema de controle que utiliza código de barras. O responsável pelo departamento de operações do porto, Clauber Candian, não acredita que o cadastro seja o responsável direto pela fila. "Esse cadastro nós começamos na sexta-feira. Só na terça que começou a formar fila, ou seja, a questão do protesto dos agricultores - que fecharam as ferrovias - está aumentando o número de caminhões que vem descarregar no porto", diz.
"Temos que levar em conta que 60% do farelo que chega do interior do estado para o porto de Paranaguá vêm de trem. Assim como 30% da soja. Como não tem trem, por causa do protesto, essa carga está vindo de caminhão, aumentando o fluxo", explica.
Candian acredita que a fila deve diminuir a cada dia. "Estamos trabalhando com quatro entradas no pátio, o que nos possibilita cadastrar mais de dois caminhões por minuto. Hoje a fila está menor que ontem, e amanhã estará menor que hoje", acredita.
O responsável pelo departamento de operações do porto disse que "existem rumores em Paranaguá que os caminhoneiros, neste fim de semana, vão aderir ao protesto dos agricultores, paralisando o trânsito na BR-277". Este, segundo Candian é outro possível motivo da formação de filas. "Se a BR-277 vai ficar fechada, os caminhoneiros vão antecipar o desembarque da soja", conta.
O cadastro, que começou na sexta-feira passada, não vai terminar. "Cada motorista e caminhão que entrar no porto de Paranguá e não tiver o código de barra terá que, obrigatoriamente, fazer o cadastro. O motorista já cadastrado, porém, terá mais rapidez na entrada e saída do pátio do porto", diz Candian citando algumas vantagens deste novo sistema.
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