A campanha de um deputado federal pode custar até R$ 3 milhões no Paraná. Esse foi o teto registrado pela maioria dos partidos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Para deputado estadual, a campanha pode custar até R$ 1,5 milhão. É um grande investimento para se obter um emprego com prazo determinado para acabar: quatro anos.

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Embora a previsão de gasto seja apenas um teto máximo e não corresponda exatamente ao que será investido, o valor impressiona. Se somente os 30 candidados eleitos para a Câmara Federal e os 54 para a Assembléia Legislativa gastarem tudo o que foi previsto, a vitória terá custado R$ 171 milhões aos parlamentares. Para comparação: a criação de 1.155 novos leitos em hospitais públicos vai custar para o governo do Paraná, até 2008, R$ 100 milhões.

O que mais surpreende nos números registrados pelos partidos é que, com a crise política que se originou com a descoberta do caixa dois nas campanhas, esperava-se mais cautela na estimativa de gastos. O que não se explica também é o porquê de um teto de gastos tão alto, se as despesas declaradas – e comprovadas – ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2002, mantiveram uma média de R$ 300 mil para cada candidato a deputado.

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A explicação não está no retorno financeiro que os deputados terão oficialmente. Um político com mandato na Câmara Federal recebe salário mensal de R$ 13 mil. Multiplicando esse valor por 48 meses, sem contar com décimo terceiro e convocações extras, a remuneração chega a R$ 624 mil nos quatro anos de mandato. É pouco para quem investiu mais de R$ 3 milhões. Seria prejuízo na certa.

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