A Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite e sarampo (tríplice viral, que protege também contra caxumba e rubéola) foi prorrogada até o dia 12 de dezembro em todo o país, conforme decisão do Ministério da Saúde. A campanha, que iniciou dia oito de novembro e seria encerrada no próximo sábado (28), visa a imunização de crianças entre seis meses e cinco anos.
Em Curitiba, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até o meio-dia dessa quarta-feira (26), foram vacinadas 71.376 crianças contra pólio, o que representa 69,3% da meta municipal; e 61.383 crianças contra o sarampo, atingindo 67,9% da meta. No Paraná, conforme repassado pela Secretaria da Saúde (Sesa), 504.621 crianças já receberam a vacina contra pólio (76% da meta estadual) e 386.111 crianças tomaram a tríplice viral (67% da meta).
Até o fim da campanha, a prefeitura espera imunizar 95% do público-alvo 103.054 crianças entre seis meses e cinco anos incompletos que devem receber a vacina contra pólio, e 90.514 crianças com um ano até cinco incompletos a tomarem a tríplice viral. Já a expectativa da Sesa é vacinar, em todo o estado, 657.284 crianças contra pólio e 580.213 contra sarampo.
Erradicação
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 sem novos casos registrados desde então. Em 1994 o país recebeu a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O pólio é uma doença infectocontagiosa grave: embora, na maioria dos casos, não leve a criança à óbito, provoca sérias lesões que afetam todo o sistema nervoso, resultando em paralisia irreversível, com maior frequência nos membros inferiores. Atualmente, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda há dez países localizados na Ásia Central, Oriente Médio e África Central com casos registrados de pólio.
Já o sarampo, doença viral altamente contagiosa, está erradicado no Paraná desde 2000. Porém, estados da região Nordeste, como Ceará e Pernambuco, confirmaram casos de sarampo em 2014, possivelmente importados. Por ser de fácil transmissão de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar ou respirar a tríplice viral foi incluída na campanha nacional desse ano. A dose protege ainda contra a caxumba e a rubéola.
