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TRÂNSITO

Campanha pede mais táxis em Curitiba

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A pressão de entidades que representam bares e restaurantes de Curitiba por mais táxis na cidade começou a ganhar as ruas ontem, quando cinco dos 15 outdoors do "Movimento Quero + Táxi Já" foram instalados. A campanha usa três frases irônicas – uma delas baseada em uma música da década de 1980, "Vou de Táxi" – para expressar o descontentamento do setor com a oferta de táxis, em especial à noite. Os outdoors serão instalados em 14 bairros nos próximos dias.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar/PR), Fábio Aguayo, não por acaso os pontos escolhidos fazem parte do trajeto diário do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e do governador Beto Richa. "Descobrimos onde eles moram e tentamos achar outdoors na vizinhança", afirma Aguayo.

Em tempos de blitze motivadas pela Lei Seca, a falta de táxis é considerada pela associação um fator que causa prejuízo ao setor de bares e restaurantes. A intenção do movimento, diz Aguayo, é tentar apressar o lançamento da concorrência da Urbs que definirá os proprietários de 748 novas placas de táxi. A abertura do edital está prevista para ocorrer até junho – o número de táxis será aumentado para cerca de 3 mil.

Além da Abrapar/PR, par­­­­ticipam da campanha a Con­­federação Nacional de Tu­­rismo ( CNTur) e o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (Sehar). Outra etapa do movimento ocorre pela internet, no Facebook. A intenção é que os outdoors permaneçam nas ruas até a conclusão da licitação, prevista para ser finalizada até o fim do ano, conforme a Urbs – a instituição preferiu não comentar a campanha.

Repercussão

Entre os dois sindicatos que representam os taxistas, as reações ao movimento são distintas. Criado em 2011 para apoiar os motoristas que dirigem táxis, mas não têm concessão para o serviço, o Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sinditáxi-PR) apoia a iniciativa.

Já o Sindicato Intermu­­ni­­cipal dos Condutores Au­­tônomos de Veículos Ro­­doviários do Paraná (Si­­ca­­vrep), formado principalmente por donos de concessões, é contrário à campanha. "Não devemos seguir os interesses dos donos de bares e restaurantes, mas a demanda do serviço. Defendemos que têm de ser feitas melhorias nas centrais de táxi, no atendimento. Tem táxi parado na cidade", argumenta o presidente do Sicavrep, Pedro Chalus.

No início do mês, o diretor-presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva, reafirmou os prazos para a conclusão da licitação das novas placas de táxi. Segundo ele, o edital está sendo montado de forma a evitar "eventuais discussões jurídicas".

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