Funcionários da Sanepar e da Copel participam nesta terça (24) e quarta-feira (25) de uma campanha para reduzir o número de acidentes com cães em Curitiba. Promovida pelo Hospital Universitário Cajuru, a campanha pretende conscientizar a população sobre os cuidados necessários para evitar esse tipo de acidente, responsável por boa parte dos afastamentos de funcionários das duas empresas e também de outras prestadoras de serviços públicos, como os Correios e a Cavo. As informações são da agência de notícais do governo do Paraná.
A campanha será realizada em pontos de grande movimentação, como terminais de ônibus e hipermercados. Serão distribuídos materiais informativos sobre cuidados e a responsabilidade de cada um com os animais e uma cartilha com dicas para identificar sinais de um possível ataque, como proceder em casos de acidentes e os primeiros socorros a serem dispensados à vítima.
A Sanepar registrou no ano passado, apenas em Curitiba e região, 48 casos de leituristas afastados do trabalho em razão de mordidas de cães. Este ano, já são 12 casos, um deles grave. Na maior parte dos casos, os leituristas sofreram ataques nas pernas, mãos e dedos. "Alguns já passaram por essa situação mais de uma vez", diz o gerente da Unidade de Faturamento da Sanepar, Marcos Cardoso.
Na Copel, os ataques de cães a leituristas representam a principal causa de acidentes sofridos por empregados em Curitiba, correspondendo a 30% do total de casos. Apenas nos primeiros três meses de 2012, foram sete acidentes causados por ataques caninos. De acordo com o Setor de Segurança do Trabalho da companhia, em cerca de 70% dos acidentes com cães há omissão ou negligência do proprietário.
Por isso, a Copel já vem adotando ações para tentar neutralizar os riscos, como enviar cartas com orientações aos consumidores, alertando os donos de cães sobre as suas responsabilidades na guarda de animais e com a segurança de terceiros.
Em 2011, a companhia passou a tratar judicialmente os casos de acidentes com cães. Após comunicação da ocorrência à autoridade policial, há instauração de demanda no Juizado Especial Criminal, com acompanhamento e apoio da Diretoria Jurídica da empresa. Há vários processos em trâmite, visando responsabilizar os proprietários dos animais com base nos artigos 31 da Lei de Contravenções Penais (omissão de cautela), 129 do Código Penal (lesão corporal) e 186 do Código Civil.
Para reduzir o número de acidentes, a Sanepar e Copel pedem que a população adote medidas de prevenção e prenda seus cachorros em dias de leitura do consumo de água e energia elétrica.
Como medida de segurança, os próprios leituristas da Sanepar podem registrar no equipamento que faz a leitura da conta um alerta sobre a existência de cão solto ou bravo. Esse alerta sonoro tem o som de um latido. Toda vez que o leiturista se aproxima do imóvel, o alerta é dado, prevenindo os acidentes com cães. O proprietário, por sua vez, recebe um comunicado na conta de água para que prenda o cachorro nos dias de leitura.
Na carta que costuma enviar a seus consumidores, a Copel também recomenda que os cães sejam mantidos presos nos dias de leitura, independentemente do tamanho ou temperamento do animal. E alinha alguns cuidados básicos para evitar que os cães de guarda venham a ferir pessoas ou outros animais, tais como adestramento básico, instalação de cercas protetoras, manutenção dos cães em canis apropriados e adequados ao seu porte, uso de guia e coleira e, se possível, sinalização externa visível com a placa "CÃO BRAVO".A Copel também relembra ao proprietário sobre a necessidade de manter seu cão vacinado e de não deixá-lo solto na rua.
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