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Campinas, no interior de São Paulo, confirmou nesta terça-feira (2) o primeiro caso de vírus da zika contraído no município. Trata-se de um homem de 20 anos que doou sangue no hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O caso, no entanto, só foi descoberto após o receptor do sangue, um morador de Cosmópolis (a 135 km de São Paulo) vítima de politraumatismo, apresentar queda de plaquetas. A vítima morreu, mas a prefeitura diz que não foi em razão da zika.

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É o segundo caso na região de Campinas envolvendo transfusões de sangue contaminadas com o vírus. Em dezembro do ano passado, a Unicamp confirmou que um doador de Sumaré (a 118 km de São Paulo) teve zika. Os sintomas surgiram após a doação. Já o receptor não apresentou sintomas.

Por enquanto, é impossível impedir a contaminação de zika em transfusões de sangue porque ainda não há testes para a doença. “O que pedimos é que os doadores relatem a ocorrência de qualquer sintoma”, disse Marcelo Addas, um dos diretores do hemocentro da Unicamp.

Uma coincidência levou à descoberta: como havia uma amostra de sangue da vítima no Instituto Adolfo Lutz, ela foi selecionada pelo grupo que investiga arboviroses e chegou-se à conclusão de que estava contaminada com o vírus da zika.

Segundo Brigina Kemp, diretora da Vigilância em Saúde, a partir disso foram analisadas 18 bolsas de doação de sangue recebidas pelo paciente. Em uma delas foi confirmada a doença. O doador foi localizado e relatou que apresentou os sintomas três dias após a doação.

De acordo com ela, o paciente morreu devido aos ferimentos sofridos por arma de fogo. Ele estava internado na UTI (unidade de terapia intensiva) e, dentre as poucas formas de contaminação nesse ambiente, foi por meio das transfusões de sangue.

Segundo a prefeitura, o doador teve manchas vermelhas pelo corpo, coceira, conjuntivite, dores pelo corpo e hipotensão (pressão baixa). O tratamento recebido por ele foi o indicado para dengue, uma vez que Campinas registrava epidemia da doença e o diagnóstico era apenas clínico, sem exames laboratoriais.

Em todo o estado de São Paulo são investigados 17 casos suspeitos de vírus da zika. Uma atualização de casos confirmados da doença deve ser feita ainda nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde.

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