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São Paulo – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) registrou atrasos em 408 dos 1.148 vôos programados para pousar ou decolar nos principais aeroportos do país ontem. O índice representa 34,17% do total. Outros 40 vôos foram cancelados.

Apesar de o índice de atrasos continuar alto, o número de cancelamentos vem caindo desde terça-feira, quando uma pane em um equipamento que realiza a comunicação entre pilotos e os controladores de tráfego aéreo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta) 1, em Brasília.

Os atrasos continuaram na maioria dos aeroportos na quarta e na quinta-feira. Passageiros tiveram que dormir nos terminais ou enfrentar filas para tentar remarcar os vôos.

Na próxima terça-feira, os cinco senadores que investigam a crise aérea vão se reunir com o comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, para cobrar do governo agilidade nas investigações da pane. Quinta-feira, o ministro da Defesa, Waldir Pires, e Bueno admitiram que não havia um técnico no país capaz de consertar o equipamento que parou de funcionar.

O caos nos aeroportos provocou uma queda média de 5,6% na ocupação dos aviões em novembro, segundo dados da Anac. Tanto em vôos nacionais quanto internacionais, a ocupação média das aeronaves operadas pelas companhias aéreas brasileiras caiu de 71% em outubro para 67% em novembro.

A ocupação de novembro foi menor inclusive que a do mesmo mês do ano passado (69% para vôos nacionais e 74% para os internacionais), quando a Varig ainda operava muito mais vôos e a oferta de assentos era bem maior.

Já entre janeiro e novembro deste ano, a ocupação média foi de 72% para os vôos nacionais e de 74% para os internacionais.

Como cerca de 70% dos passageiros brasileiros viajam a negócios e têm menor margem para cancelar compromissos, no entanto, analistas de mercado acreditam que a ocupação não pode cair muito abaixo dos atuais níveis.

Entre as grandes empresas, a que conseguiu manter maior taxa de ocupação no mês passado foi a TAM, de 68% nos vôos nacionais e de 71% nos internacionais. Em seguida apareceu a Gol, com 67% e 61%, respectivamente. Por último veio a Varig, com 64% e 59%.

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