Um candidato aprovado no concurso da Polícia Civil do Paraná morreu na tarde desta quarta-feira (23), durante a realização de um teste físico que era realizado no Colégio Estadual, em Curitiba. Julio César Luiz, de 40 anos, passou mal no momento em que corria na pista de atletismo e chegou a receber atendimento dos socorristas do Samu, mas não resistiu. Ele era morador de Arapongas, no Norte do estado, onde trabalhava como conselheiro tutelar.
O teste de aptidão física (TAF) era uma das etapas da seleção. Segundo um funcionário do colégio, que não quis se identificar, o homem chegou a dar duas voltas na pista, mas na metade da terceira volta interrompeu a corrida e caiu dizendo que estava passando mal.
Uma ambulância do Samu que estava dando apoio à realização do teste prestou os primeiros socorros. "A vítima teve um mal súbito, provavelmente um infarto fulminante. Fomos solicitados para dar apoio, vimos que se tratava de algo grave, fizemos manobras até a chegada da médica, mas infelizmente não foi possível reverter o quadro", disse o socorrista Wesley Onofre.
O delegado Rubens Recalcatti, chefe da Delegacia de Homicídios (DH), disse que, antes de passar pela prova física, todos os candidatos apresentaram atestados médicos, comprovando que eles tinham aptidão para o exame. O delegado, o entanto, não tinha elementos para afirmar se os candidatos chegaram a ser avaliados por médicos da corporação, antes da TAF. "Ele [Julio César Luiz] já era considerado um colega nosso e sua morte causa muito pesar a toda a Polícia Civil", declarou.
Em nota divulgada pela Polícia Civil, a corporação informou que Luiz apresentou um atestado emitido no dia 16 de novembro, pelo laboratório Logos, de Arapongas. O documento é assinado pelo médico Jefferson Crespigio. De acordo com a nota, o atestado afirmava que "o candidato apresentava-se em plenas condições para a realização da prova de aptidão física".
Segundo o delegado, o caso é tratado como "morte natural". Ainda assim, a DH vai ouvir familiares e responsáveis pelo concurso. "Em seguida, aguardamos a conclusão de exames feitos pelo Instituto Médico-Legal (IML). Comprovando a morte a natural, o caso é arquivado", explicou Recalcatti.
Por volta das 15h30, o corpo de Luiz foi recolhido ao IML. Na tarde desta quarta-feira, familiares dele viajavam de Arapongas à capital, para providenciar a liberação do corpo para o sepultamento. O candidato havia sido aprovado para uma vaga de investigador.