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Na média, os candidatos que prestaram a primeira fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não acertaram sequer metade das 80 questões da prova, realizada em novembro. A pontuação média dos cerca de 46 mil vestibulandos foi de 35,50 – ligeiramente maior que a do ano passado, mas ainda abaixo do esperado, segundo o reitor da universidade, Carlos Augusto Moreira Júnior. "Esperávamos que os candidatos tivessem conseguido pelo menos 50% de aproveitamento", disse.

Entre os quase 14 mil vestibulandos que passaram para a segunda fase do vestibular, que tem provas no domingo e na segunda-feira, a média foi de 45,57 pontos em 80 possíveis, contra 44,06 no vestibular do ano passado. Moreira Júnior ainda divulgou os cursos em que a competição promete ser mais intensa: Medicina teve a média de aproveitamento mais alta, 63,6 pontos. Os candidatos a outra carreira clássica, Direito, também estão entre os de melhor pontuação.

A UFPR não divulgou dados socioeconômicos dos vestibulandos que disputam, nesta segunda fase, as cerca de 4 mil vagas oferecidas pela universidade, mas informou que os 1.642 lugares destinados aos candidatos negros ou vindos de escolas públicas serão disputadas por quase 3 mil pessoas – na primeira fase, a opção pelas cotas não influenciou na lista de classificados. No último vestibular, sobraram 258 vagas relativas às cotas raciais, em 49 cursos (dois deles não tiveram nenhum afrodescendente aprovado). Moreira acredita que a situação deva se repetir quando a lista de aprovados for divulgada, em janeiro de 2006. As vagas que não são preenchidas pelos cotistas vão para a concorrência geral.

Antes mesmo que o segundo ano do vestibular em duas fases tenha terminado, o reitor da UFPR já faz uma avaliação do sistema. "Para nós tem sido extremamente positivo. As duas fases servem para separar os candidatos com maior habilidade e tornaram o processo mais funcional. É mais fácil corrigir 13 mil redações, ao invés de 45 mil."

Provar e invasão

Moreira também divulgou informações sobre o Provar, sistema que permite a alunos da UFPR ou de outras universidades mudar de curso, turno ou habilitação, aproveitando vagas deixadas por alunos que abandonam os estudos. Na primeira fase, apenas estudantes da UFPR podem se candidatar. O prazo para entrega dos formulários dos interessados termina hoje. A segunda fase, em que estudantes de outras faculdades podem tentar a transferência, começa no dia 22.

O reitor da UFPR aproveitou a entrevista coletiva para comentar ainda a saída dos estudantes da Reitoria que protestavam contra supostas irregularidades no processo eleitoral que resultou em sua reeleição. "Estamos levantando prejuízos e até agora sabemos de vidros e uma central telefônica quebrados." Enquanto a simples ocupação não é um ato passível de punição, disse o reitor, os estudantes que danificaram o patrimônio da universidade devem ser punidos, se identificados na sindicância que a UFPR está realizando.

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