Matheus tinha uma banda e queria fazer faculdade de música| Foto: reprodução
Faixa colocada no local exato do crime pede informações que possam ajudar nas investigações

Era uma sexta-feira, dia 1º de outubro do ano passado e o estudante Matheus Hoepers, de 17 anos, voltava para casa no bairro Uberaba, em Curitiba, quando foi assassinado. O crime ocorreu em plena luz do dia e até agora o crime não foi solucionado. São quase oito meses de espera para Célia Maria Maia, mãe de Matheus, que espera uma resposta.

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"É um absurdo que um crime tão bárbaro fique impune. O inquérito já passou pelas mãos de três delegados e até agora nada", diz Célia. Cansada de esperar, ela saiu atrás de pistas por conta própria. Conseguiu imagens de câmeras de segurança de residências próximas ao local do crime que mostram um veículo Ecosport de cor preta circulando pela rua.

As imagens foram encaminhadas a polícia, mas não foi possível identificar os ocupantes em razão dos vidros escuros. A baixa resolução também impossibilitou a verificação do número da placa do veículo. A polícia chegou a prender a ex-mulher do pai de Matheus. A madrasta do estudante teria ameaçado se vingar da família. Ela, porém, foi solta por falta de provas.

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Para que o caso não caia no esquecimento, a mãe de Matheus tem usado várias ferramentas, inclusive a internet. Em janeiro, ela criou um blog (matheushoepers.blogspot.com) onde escreve sobre o caso e pede aos leitores informações que possam ajudar no andamento das investigações. No youtube, Célia colocou as imagens que registraram o filho, momentos antes do crime, na intenção de que algum suspeito seja reconhecido.

Há quinze dias, ela resolveu estender uma faixa na esquina das ruas Dona Saza Lattes e Professor Paulo Dassumpção, local exato onde o jovem foi assassinado, a duas quadras da casa da família. Célia pede que qualquer pessoa que tenha alguma pista sobre os assassinos entre em contato com ela ou com a polícia. "Tivemos uma boa resposta. Várias pessoas ligaram passando informações e já informamos a polícia", afirma.

Célia conta que Matheus tinha uma banda e queria fazer faculdade de música. "Ele era bom aluno, não tinha problemas com ninguém, nunca teve problema", diz. Para ela, o crime foi premeditado e por encomenda. "Não foi assalto por que não levaram nada. Até a guitarra dele ficou lá".

A Delegacia de Homicídios continua investigando o caso.