O nível do Cantareira, o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica, permaneceu estável nesta terça-feira (12). Os demais sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo ampliaram o seu armazenamento de água.
De acordo com balanço da Sabesp, o nível do Cantareira opera com 15,3% de sua capacidade. O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).
Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.
Para preservar o Cantareira, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) não quer usar no período seco, que vai até outubro, o segundo volume morto do reservatório. A retirada de água, hoje em 15 mil litros por segundo, cairá para 10 mil litros, o que deixará mais áreas com torneiras secas. Hoje há casas que ficam até 20 horas diárias sem água.
A conta de água ficará 15% mais alta em São Paulo. A Sabesp poderá aplicar o reajuste após o aval da Arsesp, agência reguladora de saneamento. Ele vigorará 30 dias após a publicação no “Diário Oficial” do Estado.
A porcentagem está abaixa da pedida pela empresa do governo Alckmin (PSDB), 22,7%, mas bem acima da inflação de 4,63% desde o aumento anterior, em dezembro de 2014.
O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, avançou 0,1 ponto percentual e opera com 23% de sua capacidade.
No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 82,4% de capacidade após avançar 0,6 ponto percentual.
O reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 67,5% de sua capacidade após avançar 1,1 ponto percentual.
Já o Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, avançou 0,4 ponto percentual e opera nesta terça com 96% de capacidade. O nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, passou de 53,3% para 53,5%.
A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
- Alckmin obtém R$ 156 mi para obras de saneamento e produção de água
- Novo plano da Sabesp volta a propor rodízio de cinco dias sem água
- Corte de água na zona norte de SP é pior que racionamento
- Sabesp poderia ter evitado uso do volume morto do Cantareira
- Nenhuma obra da Sabesp importante será afetada, diz Alckmin
- Com reajuste menor, Sabesp vai atrasar obras
- Proteste vai à Justiça contra aumento na conta de água em SP
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora