As obras de reforma em quatro terminais de ônibus de Curitiba Cabral, Campina do Siqueira, Capão da Imbuia e Hauer devem começar no segundo semestre de 2006 e custarão, no total, cerca de R$ 30 milhões, segundo o diretor de transportes da Urbs (empresa que administra o transporte público da capital), José Antônio Andreguetto. "Esses terminais serão praticamente colocados abaixo e refeitos", informa, sem dar detalhes sobre quais modificações serão feitas em cada local, já que a licitação para as reformas ainda não começou.
Andreguetto explica que os terminais, projetados há cerca de 25 anos, não têm mais como acomodar o crescimento no número de linhas e passageiros. Um exemplo é o do Terminal Capão da Imbuia, um dos que serão reformados. Lá, a plataforma para embarque nos biarticulados que vão para Pinhais (na região metropolitana de Curitiba) e para o Terminal Centenário têm cerca de um metro e meio de largura.
"A partir das 17h30 é um Deus nos acuda", descreve a doméstica Marilúcia dos Santos. Ela conta que os passageiros se amontoam no pequeno espaço e freqüentemente precisam esperar dois ou três ônibus passarem para conseguir finalmente embarcar. "A estação-tubo onde passa o Inter 2 tem o mesmo problema pela manhã", afirma Marilúcia.
Para piorar a situação, o piso emborrachado da plataforma está se soltando, deixando à mostra o metal. Com a camada de borracha se levantando, o risco de acidentes aumenta: passageiros desatentos ou apressados podem tropeçar ao colocar os pés entre a borracha e o metal. "Já vi muita gente indo parar no chão aqui", afirma. Problemas de piso também foram encontrados nos terminais Cabral e Vila Oficinas (este último não está entre os selecionados para a reforma), onde partes das rampas de embarque em biarticulados foram cobertas com placas de zinco. "Se elas se soltam e levantam, podem cortar os pés dos passageiros", diz um funcionário do Terminal Vila Oficinas, que não quis se identificar. Lá, em dias de chuva é preciso escolher entre olhar para baixo e para cima. "Chove mais embaixo da cobertura que fora dela", brinca o funcionário.
Segundo Andreguetto, apenas quatro terminais serão reformados porque é o que a verba do Banco Interamericano de Desenvolvimento permite fazer. "Assim que tivermos mais recursos, vamos recuperar os outros terminais", justifica. Cabral, Campina do Siqueira, Capão da Imbuia e Hauer foram escolhidos por uma equipe técnica da Urbs e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O edital de licitação dos serviços deve ser publicado até o fim de junho. Apesar da amplitude das obras, o diretor da Urbs garante que os terminais continuarão funcionando. O objetivo principal é aumentar a área tanto para passageiros quanto para os ônibus, mas Andreguetto não explica como isso será possível em terminais que não têm terrenos em volta para a expansão.
Passageiros também reclamam da segurança nos terminais. Erion Santos diz já ter presenciado pequenos assaltos no Terminal Cabral e Priscila Hahnemann teve amigas assaltadas no Terminal Pinheirinho durante o dia. Andreguetto disse que a Guarda Municipal está treinando um grupo para atuar especificamente no transporte coletivo e que hoje carros da guarda já estarão circulando pelas canaletas de ônibus biarticulado.
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