Almirante Tamandaré ganhou 5 médicos
Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o município contemplado com o maior número de profissionais depois da capital foi Almirante Tamandaré, que recebeu cinco dos 11 médicos solicitados. Eles se juntarão aos outros 31 que atendem nas 12 unidades básicas de saúde e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. O secretário municipal de Saúde, Antônio Todeschi, explica que incentivou médicos plantonistas que já atuavam na cidade a se inscreverem no Mais Médicos.
Um dos médicos selecionados para atuar em Almirante Tamandaré é o maringaense Antônio Tesolin, de 43 anos. Especialista em oncologia, ele conta que, após diversos anos na área, precisava "espairecer um pouco". "A oncologia mexe demais com a gente, e o Mais Médicos caiu como uma luva", diz Tesolin. "A diferença entre a oncologia e a medicina da família é quase nenhuma. Ambos pacientes querem atenção e carinho, acho que o programa precisa trazer cortesia para as unidades básicas."
O secretário Todeschi reforça que não se trata de uma substituição de médicos contratados pela prefeitura por médicos pagos pelo governo federal. Isso porque, segundo ele, há um excesso de profissionais que se oferecem para os plantões na UPA do município. "Tenho uma lista de 53 médicos plantonistas que se revezam e mais uns cinco ou seis que ligam todos os dias pedindo trabalho. Pago R$ 1.250 por um plantão de 12 horas, não falta médico que queira, porque estamos pertinho de Curitiba. Não haverá diminuição de plantonistas", garante.
Quinta-feira
Essa é a data limite para que as cidades confirmem o início do trabalho dos profissionais selecionados na primeira etapa do programa Mais Médico, segundo o Ministério da Saúde. Esses médicos serão distribuídos para 454 cidades e 16 distritos indígenas.
Seis profissionais brasileiros selecionados pelo programa Mais Médicos começaram um treinamento ontem, em Curitiba, e devem iniciar o atendimento à população entre o final desta semana e o início da próxima.
Dos 286 municípios paranaenses inscritos no Mais Médicos, 38 eram considerados prioritários, mas apenas 17 receberam um total previsto de 42 profissionais nesta primeira fase. A lista de contemplados na segunda etapa e o balanço dos médicos que efetivamente se apresentaram nos municípios será divulgada hoje pelo Ministério da Saúde.
Em Curitiba, os recém-chegados se juntarão aos mais de 700 médicos que já atuam nas 109 unidades básicas de saúde (UBS).
No total, a cidade deveria receber nove profissionais nesta primeira fase, mas dois deles, formados na Rússia, chegam no dia 16. A outra médica, curitibana, se apresentou ontem, mas desistiu do programa ao saber que deveria atuar em medicina da família e não em pediatria, área em que tem residência.
Dentre os médicos designados para as UBS da capital, quatro são formados aqui e atuavam em outros estados e os demais são de Belém e Manaus. Dois deles são recém-formados, dois têm cerca de quatro anos de profissão e dois são mais experientes, com cerca de 20 anos de formação. "Entrevistei todos eles, alguns já têm vários anos de atuação em atenção primária. Estamos fazendo um treinamento com eles sobre o sistema informatizado da secretaria e explicando o protocolo clínico daqui", explica o diretor de atenção primária da secretaria municipal de Saúde, Paulo Poli.
Já os médicos sem experiência em medicina da família acompanharão uma equipe do município durante uma ou duas semanas antes de iniciar os atendimentos.
Para atingir o objetivo de ter todos os médicos concursados daqui uns quatro anos, Paulo Poli defende a valorização da medicina da família, por meio da ampliação de vagas em residência na área. Atualmente, são 38 vagas em Curitiba, que devem ser ampliadas para 70, em parceria com universidades locais. "O Mais Médicos é uma medida emergencial."
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora