Pedido de melhorias do DER ainda não foi atendido
No início do ano, o Departamento de Estrada e Rodagem do Paraná (DER-PR) havia dado um prazo para que até o final de fevereiro a CTG apresentasse um plano de reforma sob a pena de revogação do contrato de concessão.
A Gazeta do Povo mostrou em fevereiro que, pelo acordo com o DER, a empresa já deveria ter feito investimento na melhoria na sua infraestrutura a partir de 2010. O DER deu prazo para que até abril de 2014 as reformas estejam concluídas. "Estamos fazendo a manutenção no decorrer deste ano. A embarcação Rainha de Guaratuba foi reformada e foi para a água hoje e vai entrar em operação nos próximos dias", afirma Fábio, da CTG.
Ainda em fevereiro, a Justiça acatou pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná(MP-PR) e ordenou que fossem feitos reparos emergenciais nas pontes de acesso às balsas. Uma auditoria, a pedido do DER, identificou falta de segurança e risco aos usuários.
Protesto pela ponte
Moradores de Guaratuba planejam fazer uma manifestação na pracinha do ferryboat no próximo sábado. O movimento, organizada pelo grupo "Ponte de Guaratuba já", pretende fechar o acesso ao ferryboat por duas horas apenas serviços de emergências terão o acesso liberado.
O grupo exige a construção de uma ponte prevista em uma lei estadual de 1991, quando foi determinado oito anos de prazo para o início da construção. De acordo com moradores, a falta da ponte prejudica o desenvolvimento do litoral.
A Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) emitiu notificação para que a Concessionária Travessia de Guaratuba (CTG) empresa que opera o serviço de ferryboat que faz a travessia entre Caiobá e Guaratuba realize uma série de reparos que garantam a segurança na operação das balsas. O prazo para adequação é de 14 dias que podem ser prorrogados por igual período. A CCPR informa que as embarcações podem ser retiradas de operação caso os problemas não sejam solucionados.
No final de agosto, a CPPR realizou uma inspeção e detectou problemas no estado de conservação das balsas, com janelas quebradas, grades de proteção avariadas, suportes salva-vidas danificados e cabos usados na amarração inadequados. Além disso, foi observado que os coletes salva-vidas estavam acondicionados em local de difícil acesso.
Prioridade
De acordo com o capitão dos Portos do Paraná Francisco Dantas de Almeida Filho, a segurança das pessoas e do tráfego aquaviário deve ser prioridade. "Recebemos uma série de reclamações de usuários insatisfeitos e esperamos que as dificuldades apontadas sejam sanadas o mais breve para que o serviço prestado seja de boa qualidade", diz.
O gerente de contrato da CTG, Fábio Antônio Rossi, afirma que os itens apontados pela vistoria são pequenos. "Esses são itens pequenos e rotineiros comuns à natureza do serviço. Nós fazemos periodicamente revisão das embarcações. Tudo o que a Capitania dos Portos julgar necessário, nós não vamos medir esforços para atender. Mas vale ressaltar, que todas as embarcações estão adequadas para o transporte", afirma.
Em relação ao acondicionamento dos coletes salva-vidas, Fábio diz que toda a disposição é aprovada pela capitania. "A própria localização dos equipamentos é determinada pela capitania, mas vamos fazer as alterações necessárias. O intuito é sempre melhorar o serviço público", afirma.
Além das alterações previstas pela CPPR, a concessionária informa que está cumprindo um cronograma de reformas nas embarcações proposto pelo Departamento de Estrada e Rodagem (DER).
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